O Natal já passou e com ele a correria da compra dos presentes... Agora vem o ano novo, que chega discretamente, para alegrar a toda gente e encher os corações de esperança!
Aproveitem esta semana para refletir, para se conhecer e reconhecer: quem eu sou, do que gosto, o que não quero mais sentir, o que não quero mais em minha vida e o que eu quero para o próximo ano? E para quem acredita em Deus, Ele pode ajudar muito! Mas acordem, nada cai do céu sem que você se proponha a fazer algo por você! Portanto aja!!!!!!!
Se interiorizem! Falem o menos possível, principalmente dos outros! O silêncio é sábio! Reflitam! Meditem! Se tranquilizem! Amem a vida! Bebam menos... fumem menos... Relaxem! Respire! E se preparem para agir!
Desejo um Ano Novo maravilhoso para todos!
bjs
quarta-feira, 26 de dezembro de 2012
sábado, 22 de dezembro de 2012
"Mude" (Clarice Lispector)
ANO NOVO, VIDA NOVA!
Mude...(Clarice Lispector)
Mude...
Mude, mas comece devagar, porque a direção é mais importante que a velocidade.
Sente-se em outra cadeira, no outro lado da mesa, mais tarde, mude de mesa.
... Quando sair, procure andar pelo outro lado da rua. Depois, mude de caminho, ande por outras ruas, calmamente, observando com atenção os lugares por onde você passa.
Tome outros ônibus.
Mude por um tempo o estilo das roupas.
Dê os seus sapatos velhos.
Procure andar descalço alguns dias.
Tire uma tarde inteira para passear livremente pela praia, ou no parque, e ouvir o canto dos passarinhos.
Veja o mundo de outras perspectivas.
Abra e feche gavetas e portas com a mão esquerda.
Durma no outro lado da cama… depois, procure dormir em outra cama.
Assista a outros programas de tv, compre outros jornais… leia outros tipos de livros.
Não faça do hábito um estilo de vida.
Ame a novidade.
Durma mais tarde.
Durma mais cedo.
Aprenda uma palavra nova por dia numa outra língua.
Corrija a postura.
Coma um pouco menos, escolha comidas diferentes, novos temperos, novas
cores, novas delícias.
Tente o novo todo dia, o novo lado, o novo método, o novo sabor, o novo jeito, o novo prazer, o novo amor, a nova vida.
Tente.
Busque novos amigos. Faça novas relações.
Almoce em outros locais, vá a outros restaurantes, tome um novo tipo de bebida, compre pão em outra padaria.
Almoce mais cedo, jante mais tarde ou vice-versa.
Escolha outro mercado… outra marca de sabonete, outro creme dental… tome banho em novos horários.
Use canetas de outras cores.
Vá passear em outros lugares.
Ame muito, cada vez mais, de modos diferentes.
Troque de bolsa, de carteira, de malas, troque de carro, compre novos óculos, escreva outras poesias.
Jogue os velhos relógios, quebre delicadamente esses horrorosos despertadores.
Abra conta em outro banco.
Vá a outros cinemas, outros cabeleireiros, outros teatros, visite novos museus.
Mude.
Lembre-se de que a Vida é uma só.
E pense seriamente em arrumar outro emprego, uma
nova ocupação, um trabalho mais light, mais prazeroso, mais digno, mais humano.
Se você não encontrar razões para ser livre, invente-as. Seja criativo.
E aproveite para fazer uma viagem despretensiosa, longa, se possível sem destino.Experimente coisas novas.
Troque novamente. Mude de novo. Experimente outra vez.
Você certamente conhecerá coisas melhores e coisas piores de que as já conhecidas, mas não é isso o que importa.
O mais importante é a mudança, o movimento, o dinamismo, a energia.
Só o que está morto não muda!
FELICIDADES, AMOR, CONQUISTAS, FÉ, FORÇA DE VONTADE, CORAGEM, SIMPLICIDADE, HUMILDADE, CARIDADE, SAÚDE, PAZ, LUZ....
Mude...(Clarice Lispector)
Mude...
Mude, mas comece devagar, porque a direção é mais importante que a velocidade.
Sente-se em outra cadeira, no outro lado da mesa, mais tarde, mude de mesa.
... Quando sair, procure andar pelo outro lado da rua. Depois, mude de caminho, ande por outras ruas, calmamente, observando com atenção os lugares por onde você passa.
Tome outros ônibus.
Mude por um tempo o estilo das roupas.
Dê os seus sapatos velhos.
Procure andar descalço alguns dias.
Tire uma tarde inteira para passear livremente pela praia, ou no parque, e ouvir o canto dos passarinhos.
Veja o mundo de outras perspectivas.
Abra e feche gavetas e portas com a mão esquerda.
Durma no outro lado da cama… depois, procure dormir em outra cama.
Assista a outros programas de tv, compre outros jornais… leia outros tipos de livros.
Não faça do hábito um estilo de vida.
Ame a novidade.
Durma mais tarde.
Durma mais cedo.
Aprenda uma palavra nova por dia numa outra língua.
Corrija a postura.
Coma um pouco menos, escolha comidas diferentes, novos temperos, novas
cores, novas delícias.
Tente o novo todo dia, o novo lado, o novo método, o novo sabor, o novo jeito, o novo prazer, o novo amor, a nova vida.
Tente.
Busque novos amigos. Faça novas relações.
Almoce em outros locais, vá a outros restaurantes, tome um novo tipo de bebida, compre pão em outra padaria.
Almoce mais cedo, jante mais tarde ou vice-versa.
Escolha outro mercado… outra marca de sabonete, outro creme dental… tome banho em novos horários.
Use canetas de outras cores.
Vá passear em outros lugares.
Ame muito, cada vez mais, de modos diferentes.
Troque de bolsa, de carteira, de malas, troque de carro, compre novos óculos, escreva outras poesias.
Jogue os velhos relógios, quebre delicadamente esses horrorosos despertadores.
Abra conta em outro banco.
Vá a outros cinemas, outros cabeleireiros, outros teatros, visite novos museus.
Mude.
Lembre-se de que a Vida é uma só.
E pense seriamente em arrumar outro emprego, uma
nova ocupação, um trabalho mais light, mais prazeroso, mais digno, mais humano.
Se você não encontrar razões para ser livre, invente-as. Seja criativo.
E aproveite para fazer uma viagem despretensiosa, longa, se possível sem destino.Experimente coisas novas.
Troque novamente. Mude de novo. Experimente outra vez.
Você certamente conhecerá coisas melhores e coisas piores de que as já conhecidas, mas não é isso o que importa.
O mais importante é a mudança, o movimento, o dinamismo, a energia.
Só o que está morto não muda!
FELICIDADES, AMOR, CONQUISTAS, FÉ, FORÇA DE VONTADE, CORAGEM, SIMPLICIDADE, HUMILDADE, CARIDADE, SAÚDE, PAZ, LUZ....
Uma história de Natal...
Aconteceu no dia do Natal.
“... E Jesus nasceu numa casa humilde, numa noite fria, tendo para aquecê-lo uma simples manta e as palhas que serviam de alimento para os carneiros.”
Desse modo terminou a história de Natal que D. Alice contava para seus filhos.
O maiorzinho deles, depois de pensar um pouco, observou:
___ Jesus deve gostar que a gente trate bem os pobrezinhos como Ele os tratava, não é mamãe?
___ Sim. Toda vez que falamos carinhosamente com eles ou os ajudamos de alguma forma, Jesus fica contente conosco. E agora vamos para a cama que amanhã ganharão os presentes de Natal que tanto desejam.
No dia seguinte, as crianças divertiam-se com os presentes, reunidas no jardim da casa. Estavam todos contentes, riam, corriam de um lado para outro...
Num dado momento, bate no portão uma senhora com seu filho pela mão. Dona Alice vai saber o que ela deseja:
___ Necessito de roupas e um pouco de alimento para meu filhinho - disse a mulher.
Dona Alice foi lá dentro e voltou após alguns minutos com pães, e algumas roupas numa sacola, que entregou à senhora.
A senhora agradeceu e chamou o filhinho para irem embora. O menino estava encostado da grade do portão observando os carrinhos e caminhõezinhos que os filhos de Dona Alice havia ganhado de Natal.
___ Venha, meu filho, vamos embora que já está ficando tarde!
O menino não saiu do lugar, parecia nem ter escutado o chamado da mãe. Estava encantado com os brinquedos.
___ Mamãe, eu vou ganhar um brinquedo de Natal? perguntou o garotinho.
___ Não, meu filho, este ano não vai dar. Com a doença de seu pai as coisas ficaram muito piores...
Ouvindo isso, Francisco, o filho mais velho de Dona Alice perguntou admirado:
___ Você não ganhou nenhum carrinho?
___ Não, não ganhei nada!
Ao ouvir isso, imediatamente deu ao garoto o lindo carrinho, de sineta estridente, que ganhara naquela manhã de Natal.
O menino agarrou o presente segurando-o junto ao peito temendo que Francisquinho mudasse de idéia.
A mãe do menino fez menção de tirar o presente dos braços do filho para devolvê-lo, mas Dona Alice disse:
___ Pode leva-lo! Se meu filho quis dar o brinquedo, para mim está muito bem!
O pobre menino não cabia em si de contente, sorria e agradecia e foi embora todo feliz, ao lado de sua mãe.
Francisco, então, virou-se para a mãe e disse:
___ Jesus está contente comigo, não é mamãe?
“... E Jesus nasceu numa casa humilde, numa noite fria, tendo para aquecê-lo uma simples manta e as palhas que serviam de alimento para os carneiros.”
Desse modo terminou a história de Natal que D. Alice contava para seus filhos.
O maiorzinho deles, depois de pensar um pouco, observou:
___ Jesus deve gostar que a gente trate bem os pobrezinhos como Ele os tratava, não é mamãe?
___ Sim. Toda vez que falamos carinhosamente com eles ou os ajudamos de alguma forma, Jesus fica contente conosco. E agora vamos para a cama que amanhã ganharão os presentes de Natal que tanto desejam.
No dia seguinte, as crianças divertiam-se com os presentes, reunidas no jardim da casa. Estavam todos contentes, riam, corriam de um lado para outro...
Num dado momento, bate no portão uma senhora com seu filho pela mão. Dona Alice vai saber o que ela deseja:
___ Necessito de roupas e um pouco de alimento para meu filhinho - disse a mulher.
Dona Alice foi lá dentro e voltou após alguns minutos com pães, e algumas roupas numa sacola, que entregou à senhora.
A senhora agradeceu e chamou o filhinho para irem embora. O menino estava encostado da grade do portão observando os carrinhos e caminhõezinhos que os filhos de Dona Alice havia ganhado de Natal.
___ Venha, meu filho, vamos embora que já está ficando tarde!
O menino não saiu do lugar, parecia nem ter escutado o chamado da mãe. Estava encantado com os brinquedos.
___ Mamãe, eu vou ganhar um brinquedo de Natal? perguntou o garotinho.
___ Não, meu filho, este ano não vai dar. Com a doença de seu pai as coisas ficaram muito piores...
Ouvindo isso, Francisco, o filho mais velho de Dona Alice perguntou admirado:
___ Você não ganhou nenhum carrinho?
___ Não, não ganhei nada!
Ao ouvir isso, imediatamente deu ao garoto o lindo carrinho, de sineta estridente, que ganhara naquela manhã de Natal.
O menino agarrou o presente segurando-o junto ao peito temendo que Francisquinho mudasse de idéia.
A mãe do menino fez menção de tirar o presente dos braços do filho para devolvê-lo, mas Dona Alice disse:
___ Pode leva-lo! Se meu filho quis dar o brinquedo, para mim está muito bem!
O pobre menino não cabia em si de contente, sorria e agradecia e foi embora todo feliz, ao lado de sua mãe.
Francisco, então, virou-se para a mãe e disse:
___ Jesus está contente comigo, não é mamãe?
quarta-feira, 5 de dezembro de 2012
Cinderela
Cinderella (versão dos Irmãos Grimm)
A mulher de um homem rico ficou muito doente. Quando ela percebeu que a morte se aproximava, chamou sua única filha ao seu leito e disse"Filha querida, seja boa e piedosa que o bom deus sempre lhe protejerá.
Eu estarei no céu olhando pra você e nunca te abandonarei. " Dito isso, ela fechou os olhos e morreu.
Todos os dias a moça visitava o túmulo de sua mãe. Ela chorava e se mantinha piedosa e boa.
Quando o inverno veio, a neve cobriu o túmulo com uma manta branca e quando o sol da primavera a derreteu, o homem encontrou uma nova esposa.
A mulher trouxe consigo duas filhas que eram bonitas e agradáveis de rosto, mas más e feias de coração.
Começava um período ruim para a pobre moça.
"Essa pata-tonta vai sentar-se na sala de visitas conosco?," elas perguntavam.
"Se quer comer o pão, terá que trabalhar para ganhá-lo. Trabalhará na cozinha."
Elas tiraram suas belas roupas, vestiram-na com um camisolão cinza e velho e lhe calçaram com sapatos de madeira.
"Olhem só para a princesa orgulhosa! Como está fora de moda," elas gritavam, riam e a levavam para a cozinha.
Lá ela tinha que trabalhar pesado durante todo o dia, se acordava antes de o sol nascer, carregava água, acendia o fogo, cozinhava e lavava.
Além disso, as irmãs ainda a maltratavam de todas as formas imagináveis - gozavam dela e derramavam as ervilhas e lentilhas nas cinzas do fogão para que ela tivesse que catar tudo de novo.
Ao anoitecer, quando ela já estava cansada de tanto trabalhar, ela não tinha uma cama onde dormir e acabava deitando-se ao lado do forno, nas cinzas. Por isso ela sempre parecia suja e empoeirada e foi então que começaram a chamá-la Cinderella. Um dia, o pai estava indo para a feira e perguntou às duas irmãs o que queriam que ele trouxesse para elas.
"Belos vestidos," disse uma delas, "Pérolas e jóias," disse a outra. "
E você, Cinderella," perguntou ele, "o que você quer?"
"Pai, traga-me o primeiro galho de árvore que bater em seu chapéu quando estiver voltando para a casa.
" Então ele comprou belos vestidos, pérolas e jóias para as enteadas, voltando para a casa, quando cavalgava por um bosque, um ramo de uma aveleira passou pelo seu chapéu. Então ele quebrou o ramo e levou consigo.
Quando chegou em casa, ele deu às enteadas o que haviam pedido, e para Cinderella ele deu o ramo da aveleira.
Cinderella agradeceu, foi até o túmulo de sua mãe, plantou o ramo que ganhou de seu pai, e chorou tanto que as lágrimas chegaram ao chão e regaram a planta. O pequeno ramo cresceu e transformou-se em uma árvore frondosa.Três veses por dia Cinderella sentava-se sob a árvore, chorava e rezava.
Um passarinho branco sempre vinha para a árvore e se Cinderella expressasse um desejo, o passarinho jogava para ela o que ela pedira.
Um dia o rei anunciou que haveria uma festa que duraria três dias para a qual todas as moças jovens e bonitas do reino estavam convidadas para que o príncipe escolhesse sua noiva.
Quando as duas irmãs souberam que estavam convidadas, ficaram eufóricas, chamavam Cinderella e diziam, "pentei nossos cabelos, engraxe nossos sapatos e ajude-nos a nos vestir, porque nós vamos ao casamento no palácio real
Cinderella obedecia e chorava, porque ela queria ir com elas para o baile, e implorava à madastra que deixasse-a ir.
"Você, Cinderella," disse ela, "coberta de pó e sujeira como você sempre está. Você não tem roupas nem sapatos, e nem ao menos sabe dançar."
E mesmo assim Cinderella continuava pedindo.
Depois de um tempo a madrasta disse, "E despejei um prato de lentilhas nas cinzas, se você conseguir catar todas em duas horas, deixarei você vir conosco."
A moça foi até a porta dos fundos e chamou"Mansas pombinhas e rolinhas e todas as aves do céu venham me ajudar a catar as lentilhas.
As boas no prato, As ruins no papo."
Logo duas pombinhas brancas entraram pela janela da cozinha, em seguida as rolinhas, e por último todas as aves do céu, vieram numa revoada e pousaram nas cinzas. As pombinhas balançavam a cabeça e começaram a catar e os outros passarinhos fizeram o mesmo. Logo juntaram todos o grãos bons no prato. Não tinha passado nem uma hora quando acabaram o serviço e se foram. A moça, contente, levou o prato para a madrasta. Ela acreditava que com isso poderia ir ao baile com elas.
Mas a madrasta disse, "Não, Cinderella, você não tem roupas e não sabe dançar. Você seria motivo de risos."
Como Cinderella começou a chorar, a madrasta disse: se você conseguir catar dois pratos de lentilhas das cinzas em uma hora, poderá ir conosco. Ela achava que desta vez, Cinderella não conseguiria.
Quando a madrasta derramou os dois pratos de lentilhas nas cinzas, a moça foi até a porta dos fundos e chamou"Mansas pombinhas e rolinhas e todas as aves do céu venham me ajudar a catar as lentilhas.
As boas no prato, As ruins no papo." Logo duas pombinhas brancas entraram pela janela da cozinha, em seguida as rolinhas, e por último todas as aves do céu, vieram numa revoada e pousaram nas cinzas. As pombinhas balançavam a cabeça e começaram a catar e os outros passarinhos fizeram o mesmo. Logo juntaram todos o grãos bons no prato. Não tinha passado nem meia hora quando acabaram o serviço e se foram. A moça estava muito feliz achando que agora ela teria permissão para ir ao baile.
Mas a madrasta disse: "Isso não adianta nada. Você não pode ir conosco, pois não tem roupas e não sabe dançar. Só nos faria passar vergonha.
Dito isso, ela virou as costas e partiu com suas orgulhosas filhas.
Enquanto não tinha ninguém em casa, Cinderella foi ao túmulo de sua mãe, sentou-se sob a árvore e disse"Balance e se agite, árvore adorada,Me cubra toda de ouro e prata."O passarinho entregou-lhe um vestido de ouro e prata e sapatos de seda com bordados de prata. Ela vestiu-se com pressa e foi ao baile.
A madrasta e as irmãs não a reconheceram e pensaram que deveria ser uma princeas estrangeira de tão bela que ela estava em seu vestido dourado. Elas nem imaginavam que podia ser Cinderella, e acreditavam que ela estava suja em casa, sentada ao lado do fogão catando lentilhas.
O príncipe se aproximou dela, pegou sua mão e dançou com ela. Ele não quis dançar com nenhuma outra moça, não soltou a mão dela por um único instante e, se alguém a convidava para dançar, ele dizia "Ela é minha dama."Dançaram até tarde da noite, e então ela quis ir embora.
Mas o príncipe disse: "Eu te acompanho," pois ele queria saber a que família tão bela moça pertencia.
Ela conseguiu escapar-se dele e se escondeu no pombal.
O príncipe esperou em frente à casa até que o pai de Cinderella veio e ele disse que a moça desconhecida havia se escondido no pombal.
O pai de Cinderella pensou, "Deve ser Cinderella."
Trouxeram um machado e uma picareta e quebraram o pombal em pedacinhos, mas já não tinha ninguém lá dentro.
Quando chegaram em casa, encontraram Cinderella com suas roupas sujas deitada nas cinzas à luz mortiça de uma lamparina.
O que aconteceu foi que Cinderella se escapou rápido pela parte de trás do pombal e correu até a aveleira. Lá ela tirou suas belas vestes, deixou-as sobre o túmulo de sua mãe e o passarinho as levou. Então ela voltou pra casa e deitou-se nas cinzas vestida com seu camisolão.
No dia seguinte, a festa recomeçou.
A madrasta e as irmãs foram de novo.
Cinderella foi até a aveleira e disse"Balance e se agite, árvore adorada,Me cubra toda de ouro e prata."Logo o passarinho lhe entregou um vestido ainda mais bonito que o da noite anterior.
E quando Cinderella apareceu no baile com seu vestido, todos ficaram espantados com tanta beleza. O príncipe, que estava esperando por ela, logo pegou sua mão e não dançou com nenhuma outra moça. Quando outros vinham e a convidavam para dançar, ele dizia "Ela é minha dama." Quando anoiteceu, ela quis ir embora e o príncipe a seguiu para ver em que casa ela entraria. Mas ela se escapou se escondendo no jardim de sua casa.
Lá havia uma árvore alta e bela que dava peras maravilhosas. Ela subiu ágil como um esquilo e o príncipe não sabia onde ela estava.
Ele esperou até que o pai dela veio e disse a ele, "A moça desconhecida se escapou de mim e acredito que ela tenha subido na pereira.
O pai pensou: "Deve ser Cinderella."
Trouxeram um machado e derrubaram a árvore, mas já não havia ningém lá.
Quando chegaram em casa, encontraram Cinderella com suas roupas sujas deitada nas cinzas à luz mortiça de uma lamparina.
O que aconteceu foi que Cinderella desceu rápido da pereira e correu até a aveleira. Lá ela tirou suas belas vestes, deixou-as sobre o túmulo de sua mãe e o passarinho as levou. Então ela voltou pra casa e deitou-se nas cinzas vestida com seu camisolão.
No terceiro dias, quando a madrasta e as irmãs já tinham saído, Cinderella foi mais uma vez até o túmulo de sua mãe e disse para a aveleira "Balance e se agite, árvore adorada,Me cubra toda de ouro e prata."E o passarinho lhe trouxe um vestido que ainda mais explêndido e magnificente que os outros e sapatinhos de ouro.
E quando ela chegou ao baile, todos emudeceram de admiração. O príncipe dançou apenas com ela e para todos que a convidavam para dançar, ele dizia: "Ela é minha dama". Quando a noite chegou, Cinderella quis ir embora e o príncipe estava ansioso para ir com ela. Mas ela escapou-se tão rápido que ele não conseguiu segui-la. O príncipe, desta vez, usou a inteligência: mandou que passassem piche na escadaria e, quando a moça passou, o sapato do pé esquerdo ficou grudado. O príncipe pegou o sapatinho: era pequenino, gracioso e todo de ouro.
Na manhã seguinte, ele disse a seu pai que não se casaria com nenhuma moça, a não ser a dona do pé que coubesse neste sapato.
As duas irmãs estavam felizes, pois tinham pés pequenos. A mais velha entrou no quarto com o sapato e tentava calçá-lo enquanto sua mãe olhava. Mas ela não conseguiu colocar o sapato por causa de seu dedão do pé. O sapato era muito pequeno para ela.
Então a mãe lhe deu uma faca e disse: "Corta o dedão, quando você for rainha, não precisará andar muito a pé.”
A moça cortou fora o dedão, forçou o pé para dentro do sapato, disfarçou a dor e foi ver o príncipe. Ele colocou-a na garupa de seu cavalo e saiu com ela como se fosse sua noiva. Eles tinham que passar pelo túmulo da mãe de Cinderella, e quando por lá passaram, da aveleira duas pombinhas cantaram
"Olhe para trás,
olhe para trás,
há sangue no sapato
,o sapato é pequeno demais,
sua noiva lhe espera muito atrás.
Então ele olhou para o pé dela e viu o sangue pingando. Ele deu meia volta com o cavalo e levou a falsa noiva de volta para a casa, e disse para a outra irmã calçar o sapato. Colocou seus dedos do pé sem problemas, mas deu calcanhar era largo demais.
A madrasta deu-lhe uma faca e disse: "Corta fora um pedaço do teu calcanhar, quando fores rainha não precisarás andar a pé."
A moça cortou um pedaço de seu calcanhar, forçou seu pé para dentro do sapato, disfarçou a dor e foi ver o príncipe. Ele colocou-a na garupa de seu cavalo e saiu com ela como se fosse sua noiva. Quando passaram pela aveleira, duas pombinhas cantaram:
"Olhe para trás,
olhe para trás,
há sangue no sapato,
o sapato é pequeno demais
sua noiva lhe espera muito atrás.
Ele olhou para o pé dela e viu o sangue escorrendo pelo sapato e manchando a meia de vermelho.
Ele deu meia volta com o cavalo e levou a noiva falsa de volta para casa. "Esta também não é a noiva certa," disse ele, "vocês não têm outra filha?" "Não," disse o homem, "temos apenas a pequena e raquítica ajudante de cozinha, filha de minha ex-mulher, mas não é possível que ela seja a noiva."
O príncipe pediu para vê-la, mas a mulher disse "oh, não! Ela está sempre muito suja. Não está apresentável.
Mas o príncipe insistiu e Cinderella foi chamada.
Ela primeiro lavou suas mãos e o rosto, e curvou-se diante do príncipe que entregou-lhe o sapatinho de ouro. Ela sentou-se em um banquinho, tirou o pesado sapato de madeira, e calçou o sapatinho de ouro, que serviu como uma luva. Ela ergueu-se e o príncipe olhou para o seu rosto e reconheceu a bela moça com quem tinha dançado e disse: "Esta é a noiva verdadeira."
A madrasta e suas filhas estavam horrorizadas e ficaram pálidas de raiva, ele, entretanto, colocou Cinderella sobre seu cavalo e levou-a consigo.Quando passaram´pela aveleira, as duas pombinha cantaram:
"Olhe para trás,
olhe para trás,
não tem sangue no sapato,
que não lhe é apertado,
É com a noiva certa que estás."
E depois de cantar, as duas pombinhas pousaram nos ombros de Cinderella, uma no direito, a outra no esquerdo, e ficaram sentadinhas lá.
Na cerimônia do casamento do príncipe, as duas irmãs falsas foram e queriam ficar de bem com Cinderella e dividir com ela a boa fortuna que teve.
Quando os noivos chegaram à igreja, a mais velha estava à direita e a mais nova à esquerda, e as pombinhas arrancaram um olho de cada uma das irmãs.
Depois quando voltavam, a mais velha estava à esquerda e a mais nova à direita, e as pombinhas arrancaram o outro olho de cada uma delas.
E então, por sua maldade e falsidade, elas foram punidas com a cegueira até o fim de suas vidas.
A mulher de um homem rico ficou muito doente. Quando ela percebeu que a morte se aproximava, chamou sua única filha ao seu leito e disse"Filha querida, seja boa e piedosa que o bom deus sempre lhe protejerá.
Eu estarei no céu olhando pra você e nunca te abandonarei. " Dito isso, ela fechou os olhos e morreu.
Todos os dias a moça visitava o túmulo de sua mãe. Ela chorava e se mantinha piedosa e boa.
Quando o inverno veio, a neve cobriu o túmulo com uma manta branca e quando o sol da primavera a derreteu, o homem encontrou uma nova esposa.
A mulher trouxe consigo duas filhas que eram bonitas e agradáveis de rosto, mas más e feias de coração.
Começava um período ruim para a pobre moça.
"Essa pata-tonta vai sentar-se na sala de visitas conosco?," elas perguntavam.
"Se quer comer o pão, terá que trabalhar para ganhá-lo. Trabalhará na cozinha."
Elas tiraram suas belas roupas, vestiram-na com um camisolão cinza e velho e lhe calçaram com sapatos de madeira.
"Olhem só para a princesa orgulhosa! Como está fora de moda," elas gritavam, riam e a levavam para a cozinha.
Lá ela tinha que trabalhar pesado durante todo o dia, se acordava antes de o sol nascer, carregava água, acendia o fogo, cozinhava e lavava.
Além disso, as irmãs ainda a maltratavam de todas as formas imagináveis - gozavam dela e derramavam as ervilhas e lentilhas nas cinzas do fogão para que ela tivesse que catar tudo de novo.
Ao anoitecer, quando ela já estava cansada de tanto trabalhar, ela não tinha uma cama onde dormir e acabava deitando-se ao lado do forno, nas cinzas. Por isso ela sempre parecia suja e empoeirada e foi então que começaram a chamá-la Cinderella. Um dia, o pai estava indo para a feira e perguntou às duas irmãs o que queriam que ele trouxesse para elas.
"Belos vestidos," disse uma delas, "Pérolas e jóias," disse a outra. "
E você, Cinderella," perguntou ele, "o que você quer?"
"Pai, traga-me o primeiro galho de árvore que bater em seu chapéu quando estiver voltando para a casa.
" Então ele comprou belos vestidos, pérolas e jóias para as enteadas, voltando para a casa, quando cavalgava por um bosque, um ramo de uma aveleira passou pelo seu chapéu. Então ele quebrou o ramo e levou consigo.
Quando chegou em casa, ele deu às enteadas o que haviam pedido, e para Cinderella ele deu o ramo da aveleira.
Cinderella agradeceu, foi até o túmulo de sua mãe, plantou o ramo que ganhou de seu pai, e chorou tanto que as lágrimas chegaram ao chão e regaram a planta. O pequeno ramo cresceu e transformou-se em uma árvore frondosa.Três veses por dia Cinderella sentava-se sob a árvore, chorava e rezava.
Um passarinho branco sempre vinha para a árvore e se Cinderella expressasse um desejo, o passarinho jogava para ela o que ela pedira.
Um dia o rei anunciou que haveria uma festa que duraria três dias para a qual todas as moças jovens e bonitas do reino estavam convidadas para que o príncipe escolhesse sua noiva.
Quando as duas irmãs souberam que estavam convidadas, ficaram eufóricas, chamavam Cinderella e diziam, "pentei nossos cabelos, engraxe nossos sapatos e ajude-nos a nos vestir, porque nós vamos ao casamento no palácio real
Cinderella obedecia e chorava, porque ela queria ir com elas para o baile, e implorava à madastra que deixasse-a ir.
"Você, Cinderella," disse ela, "coberta de pó e sujeira como você sempre está. Você não tem roupas nem sapatos, e nem ao menos sabe dançar."
E mesmo assim Cinderella continuava pedindo.
Depois de um tempo a madrasta disse, "E despejei um prato de lentilhas nas cinzas, se você conseguir catar todas em duas horas, deixarei você vir conosco."
A moça foi até a porta dos fundos e chamou"Mansas pombinhas e rolinhas e todas as aves do céu venham me ajudar a catar as lentilhas.
As boas no prato, As ruins no papo."
Logo duas pombinhas brancas entraram pela janela da cozinha, em seguida as rolinhas, e por último todas as aves do céu, vieram numa revoada e pousaram nas cinzas. As pombinhas balançavam a cabeça e começaram a catar e os outros passarinhos fizeram o mesmo. Logo juntaram todos o grãos bons no prato. Não tinha passado nem uma hora quando acabaram o serviço e se foram. A moça, contente, levou o prato para a madrasta. Ela acreditava que com isso poderia ir ao baile com elas.
Mas a madrasta disse, "Não, Cinderella, você não tem roupas e não sabe dançar. Você seria motivo de risos."
Como Cinderella começou a chorar, a madrasta disse: se você conseguir catar dois pratos de lentilhas das cinzas em uma hora, poderá ir conosco. Ela achava que desta vez, Cinderella não conseguiria.
Quando a madrasta derramou os dois pratos de lentilhas nas cinzas, a moça foi até a porta dos fundos e chamou"Mansas pombinhas e rolinhas e todas as aves do céu venham me ajudar a catar as lentilhas.
As boas no prato, As ruins no papo." Logo duas pombinhas brancas entraram pela janela da cozinha, em seguida as rolinhas, e por último todas as aves do céu, vieram numa revoada e pousaram nas cinzas. As pombinhas balançavam a cabeça e começaram a catar e os outros passarinhos fizeram o mesmo. Logo juntaram todos o grãos bons no prato. Não tinha passado nem meia hora quando acabaram o serviço e se foram. A moça estava muito feliz achando que agora ela teria permissão para ir ao baile.
Mas a madrasta disse: "Isso não adianta nada. Você não pode ir conosco, pois não tem roupas e não sabe dançar. Só nos faria passar vergonha.
Dito isso, ela virou as costas e partiu com suas orgulhosas filhas.
Enquanto não tinha ninguém em casa, Cinderella foi ao túmulo de sua mãe, sentou-se sob a árvore e disse"Balance e se agite, árvore adorada,Me cubra toda de ouro e prata."O passarinho entregou-lhe um vestido de ouro e prata e sapatos de seda com bordados de prata. Ela vestiu-se com pressa e foi ao baile.
A madrasta e as irmãs não a reconheceram e pensaram que deveria ser uma princeas estrangeira de tão bela que ela estava em seu vestido dourado. Elas nem imaginavam que podia ser Cinderella, e acreditavam que ela estava suja em casa, sentada ao lado do fogão catando lentilhas.
O príncipe se aproximou dela, pegou sua mão e dançou com ela. Ele não quis dançar com nenhuma outra moça, não soltou a mão dela por um único instante e, se alguém a convidava para dançar, ele dizia "Ela é minha dama."Dançaram até tarde da noite, e então ela quis ir embora.
Mas o príncipe disse: "Eu te acompanho," pois ele queria saber a que família tão bela moça pertencia.
Ela conseguiu escapar-se dele e se escondeu no pombal.
O príncipe esperou em frente à casa até que o pai de Cinderella veio e ele disse que a moça desconhecida havia se escondido no pombal.
O pai de Cinderella pensou, "Deve ser Cinderella."
Trouxeram um machado e uma picareta e quebraram o pombal em pedacinhos, mas já não tinha ninguém lá dentro.
Quando chegaram em casa, encontraram Cinderella com suas roupas sujas deitada nas cinzas à luz mortiça de uma lamparina.
O que aconteceu foi que Cinderella se escapou rápido pela parte de trás do pombal e correu até a aveleira. Lá ela tirou suas belas vestes, deixou-as sobre o túmulo de sua mãe e o passarinho as levou. Então ela voltou pra casa e deitou-se nas cinzas vestida com seu camisolão.
No dia seguinte, a festa recomeçou.
A madrasta e as irmãs foram de novo.
Cinderella foi até a aveleira e disse"Balance e se agite, árvore adorada,Me cubra toda de ouro e prata."Logo o passarinho lhe entregou um vestido ainda mais bonito que o da noite anterior.
E quando Cinderella apareceu no baile com seu vestido, todos ficaram espantados com tanta beleza. O príncipe, que estava esperando por ela, logo pegou sua mão e não dançou com nenhuma outra moça. Quando outros vinham e a convidavam para dançar, ele dizia "Ela é minha dama." Quando anoiteceu, ela quis ir embora e o príncipe a seguiu para ver em que casa ela entraria. Mas ela se escapou se escondendo no jardim de sua casa.
Lá havia uma árvore alta e bela que dava peras maravilhosas. Ela subiu ágil como um esquilo e o príncipe não sabia onde ela estava.
Ele esperou até que o pai dela veio e disse a ele, "A moça desconhecida se escapou de mim e acredito que ela tenha subido na pereira.
O pai pensou: "Deve ser Cinderella."
Trouxeram um machado e derrubaram a árvore, mas já não havia ningém lá.
Quando chegaram em casa, encontraram Cinderella com suas roupas sujas deitada nas cinzas à luz mortiça de uma lamparina.
O que aconteceu foi que Cinderella desceu rápido da pereira e correu até a aveleira. Lá ela tirou suas belas vestes, deixou-as sobre o túmulo de sua mãe e o passarinho as levou. Então ela voltou pra casa e deitou-se nas cinzas vestida com seu camisolão.
No terceiro dias, quando a madrasta e as irmãs já tinham saído, Cinderella foi mais uma vez até o túmulo de sua mãe e disse para a aveleira "Balance e se agite, árvore adorada,Me cubra toda de ouro e prata."E o passarinho lhe trouxe um vestido que ainda mais explêndido e magnificente que os outros e sapatinhos de ouro.
E quando ela chegou ao baile, todos emudeceram de admiração. O príncipe dançou apenas com ela e para todos que a convidavam para dançar, ele dizia: "Ela é minha dama". Quando a noite chegou, Cinderella quis ir embora e o príncipe estava ansioso para ir com ela. Mas ela escapou-se tão rápido que ele não conseguiu segui-la. O príncipe, desta vez, usou a inteligência: mandou que passassem piche na escadaria e, quando a moça passou, o sapato do pé esquerdo ficou grudado. O príncipe pegou o sapatinho: era pequenino, gracioso e todo de ouro.
Na manhã seguinte, ele disse a seu pai que não se casaria com nenhuma moça, a não ser a dona do pé que coubesse neste sapato.
As duas irmãs estavam felizes, pois tinham pés pequenos. A mais velha entrou no quarto com o sapato e tentava calçá-lo enquanto sua mãe olhava. Mas ela não conseguiu colocar o sapato por causa de seu dedão do pé. O sapato era muito pequeno para ela.
Então a mãe lhe deu uma faca e disse: "Corta o dedão, quando você for rainha, não precisará andar muito a pé.”
A moça cortou fora o dedão, forçou o pé para dentro do sapato, disfarçou a dor e foi ver o príncipe. Ele colocou-a na garupa de seu cavalo e saiu com ela como se fosse sua noiva. Eles tinham que passar pelo túmulo da mãe de Cinderella, e quando por lá passaram, da aveleira duas pombinhas cantaram
"Olhe para trás,
olhe para trás,
há sangue no sapato
,o sapato é pequeno demais,
sua noiva lhe espera muito atrás.
Então ele olhou para o pé dela e viu o sangue pingando. Ele deu meia volta com o cavalo e levou a falsa noiva de volta para a casa, e disse para a outra irmã calçar o sapato. Colocou seus dedos do pé sem problemas, mas deu calcanhar era largo demais.
A madrasta deu-lhe uma faca e disse: "Corta fora um pedaço do teu calcanhar, quando fores rainha não precisarás andar a pé."
A moça cortou um pedaço de seu calcanhar, forçou seu pé para dentro do sapato, disfarçou a dor e foi ver o príncipe. Ele colocou-a na garupa de seu cavalo e saiu com ela como se fosse sua noiva. Quando passaram pela aveleira, duas pombinhas cantaram:
"Olhe para trás,
olhe para trás,
há sangue no sapato,
o sapato é pequeno demais
sua noiva lhe espera muito atrás.
Ele olhou para o pé dela e viu o sangue escorrendo pelo sapato e manchando a meia de vermelho.
Ele deu meia volta com o cavalo e levou a noiva falsa de volta para casa. "Esta também não é a noiva certa," disse ele, "vocês não têm outra filha?" "Não," disse o homem, "temos apenas a pequena e raquítica ajudante de cozinha, filha de minha ex-mulher, mas não é possível que ela seja a noiva."
O príncipe pediu para vê-la, mas a mulher disse "oh, não! Ela está sempre muito suja. Não está apresentável.
Mas o príncipe insistiu e Cinderella foi chamada.
Ela primeiro lavou suas mãos e o rosto, e curvou-se diante do príncipe que entregou-lhe o sapatinho de ouro. Ela sentou-se em um banquinho, tirou o pesado sapato de madeira, e calçou o sapatinho de ouro, que serviu como uma luva. Ela ergueu-se e o príncipe olhou para o seu rosto e reconheceu a bela moça com quem tinha dançado e disse: "Esta é a noiva verdadeira."
A madrasta e suas filhas estavam horrorizadas e ficaram pálidas de raiva, ele, entretanto, colocou Cinderella sobre seu cavalo e levou-a consigo.Quando passaram´pela aveleira, as duas pombinha cantaram:
"Olhe para trás,
olhe para trás,
não tem sangue no sapato,
que não lhe é apertado,
É com a noiva certa que estás."
E depois de cantar, as duas pombinhas pousaram nos ombros de Cinderella, uma no direito, a outra no esquerdo, e ficaram sentadinhas lá.
Na cerimônia do casamento do príncipe, as duas irmãs falsas foram e queriam ficar de bem com Cinderella e dividir com ela a boa fortuna que teve.
Quando os noivos chegaram à igreja, a mais velha estava à direita e a mais nova à esquerda, e as pombinhas arrancaram um olho de cada uma das irmãs.
Depois quando voltavam, a mais velha estava à esquerda e a mais nova à direita, e as pombinhas arrancaram o outro olho de cada uma delas.
E então, por sua maldade e falsidade, elas foram punidas com a cegueira até o fim de suas vidas.
segunda-feira, 3 de dezembro de 2012
"A árvore generosa."
A árvore generosa.
Do original de Shel Silvertein, Adaptado por Fernando Sabino
Era uma vez uma Árvore que amava um Menino. E todos os dias, o Menino vinha e juntava suas folhas.
E com elas fazia coroas de rei. E com a Árvore, brincava de rei da floresta. Subia em seu grosso tronco, balançava-se em seus galhos! Comia seus frutos. E quando ficava cansado, o Menino repousava à sua sombra fresquinha. O Menino amava a Árvore profundamente. E a Árvore era feliz!
Mas o tempo passou e o Menino cresceu!
Um dia, o Menino veio e a Árvore disse: “ Menino, venha subir no meu tronco, balançar-se nos meus
galhos, repousar à minha sombra e ser feliz!" "Estou grande demais para brincar", o Menino respondeu. "Quero comprar muitas coisas. Você tem algum dinheiro que possa me oferecer?" "Sinto muito", disse a Árvore, "eu não tenho dinheiro.
Mas leve os frutos, Menino. Vá vendê-los na cidade, então terá o dinheiro e você será feliz!" E assim o Menino subiu pelo tronco, colheu os frutos e levou-os embora. E a Árvore ficou feliz!
Mas o Menino sumiu por muito tempo... E a Árvore ficou tristonha outra vez.
Um dia, o Menino veio e a Árvore estremeceu tamanha a sua alegria, e disse: "Venha, Menino, venha subir no meu tronco, balançar-se nos meus galhos e ser feliz". "Estou muito ocupado pra subir em Árvores", disse o menino.
"Eu quero uma esposa, eu quero ter filhos, pra isso é preciso que eu tenha uma casa. Você tem uma casa pra me oferecer?" "Eu não tenho casa", a Árvore disse. "Mas corte meus galhos, faça a sua casa e seja feliz." O Menino depressa cortou os galhos da Árvore e levou-os embora pra fazer uma casa. E a Árvore ficou feliz!
O Menino ficou longe por um longo, longo tempo, e no dia que voltou, a Árvore ficou alegre, de uma alegria tamanha que mal podia falar. "Venha, venha, meu Menino", sussurrou, "Venha brincar!" "Estou velho para brincar", disse o Menino, "e estou também muito triste." "Eu quero um barco ligeiro que me leve pra bem longe. Você tem algum barquinho que possa me oferecer?" "Corte meu tronco e faça seu barco", a Árvore disse. "Viaje pra longe e seja feliz!" O Menino cortou o tronco, fez um barco e viajou. E a Árvore ficou feliz, mas não muito!
Muito tempo depois, o Menino voltou.
"Desculpe, Menino", a Árvore disse, "não tenho mais nada pra te oferecer. Os frutos já se foram." "Meus dentes são fracos demais pra frutos", falou o Menino.
"Já se foram os galhos para você balançar", a Árvore disse. "Já não tenho idade pra me balançar", falou o menino. "Não tenho mais tronco pra você subir", a Árvore disse.
"Estou muito cansado e já não sei subir", falou o Menino. "Eu bem que gostaria de ter qualquer coisa pra lhe oferecer", suspirou a Árvore. "Mas nada me resta e eu sou apenas um toco sem graça. Desculpe..." “Já não quero muita coisa", disse o Menino, "só um lugar sossegado onde possa me sentar, pois estou muito cansado."
"Pois bem", respondeu a Árvore, enchendo-se de alegria. "Eu sou apenas um toco, mas um toco é muito útil pra sentar e descansar." "Venha, Menino, depressa, sente-se em mim e descanse."
Foi o que o Menino fez. E a Árvore ficou feliz!
Do original de Shel Silvertein, Adaptado por Fernando Sabino
Era uma vez uma Árvore que amava um Menino. E todos os dias, o Menino vinha e juntava suas folhas.
E com elas fazia coroas de rei. E com a Árvore, brincava de rei da floresta. Subia em seu grosso tronco, balançava-se em seus galhos! Comia seus frutos. E quando ficava cansado, o Menino repousava à sua sombra fresquinha. O Menino amava a Árvore profundamente. E a Árvore era feliz!
Mas o tempo passou e o Menino cresceu!
Um dia, o Menino veio e a Árvore disse: “ Menino, venha subir no meu tronco, balançar-se nos meus
galhos, repousar à minha sombra e ser feliz!" "Estou grande demais para brincar", o Menino respondeu. "Quero comprar muitas coisas. Você tem algum dinheiro que possa me oferecer?" "Sinto muito", disse a Árvore, "eu não tenho dinheiro.
Mas leve os frutos, Menino. Vá vendê-los na cidade, então terá o dinheiro e você será feliz!" E assim o Menino subiu pelo tronco, colheu os frutos e levou-os embora. E a Árvore ficou feliz!
Mas o Menino sumiu por muito tempo... E a Árvore ficou tristonha outra vez.
Um dia, o Menino veio e a Árvore estremeceu tamanha a sua alegria, e disse: "Venha, Menino, venha subir no meu tronco, balançar-se nos meus galhos e ser feliz". "Estou muito ocupado pra subir em Árvores", disse o menino.
"Eu quero uma esposa, eu quero ter filhos, pra isso é preciso que eu tenha uma casa. Você tem uma casa pra me oferecer?" "Eu não tenho casa", a Árvore disse. "Mas corte meus galhos, faça a sua casa e seja feliz." O Menino depressa cortou os galhos da Árvore e levou-os embora pra fazer uma casa. E a Árvore ficou feliz!
O Menino ficou longe por um longo, longo tempo, e no dia que voltou, a Árvore ficou alegre, de uma alegria tamanha que mal podia falar. "Venha, venha, meu Menino", sussurrou, "Venha brincar!" "Estou velho para brincar", disse o Menino, "e estou também muito triste." "Eu quero um barco ligeiro que me leve pra bem longe. Você tem algum barquinho que possa me oferecer?" "Corte meu tronco e faça seu barco", a Árvore disse. "Viaje pra longe e seja feliz!" O Menino cortou o tronco, fez um barco e viajou. E a Árvore ficou feliz, mas não muito!
Muito tempo depois, o Menino voltou.
"Desculpe, Menino", a Árvore disse, "não tenho mais nada pra te oferecer. Os frutos já se foram." "Meus dentes são fracos demais pra frutos", falou o Menino.
"Já se foram os galhos para você balançar", a Árvore disse. "Já não tenho idade pra me balançar", falou o menino. "Não tenho mais tronco pra você subir", a Árvore disse.
"Estou muito cansado e já não sei subir", falou o Menino. "Eu bem que gostaria de ter qualquer coisa pra lhe oferecer", suspirou a Árvore. "Mas nada me resta e eu sou apenas um toco sem graça. Desculpe..." “Já não quero muita coisa", disse o Menino, "só um lugar sossegado onde possa me sentar, pois estou muito cansado."
"Pois bem", respondeu a Árvore, enchendo-se de alegria. "Eu sou apenas um toco, mas um toco é muito útil pra sentar e descansar." "Venha, Menino, depressa, sente-se em mim e descanse."
Foi o que o Menino fez. E a Árvore ficou feliz!
"O pote vazio."
O POTE VAZIO
Há muito tempo, na China, vivia um menino chamado Ping, que adorava flores. Tudo o que ele plantava florescia maravilhosamente. Flores, arbustos e até imensas árvores frutíferas desabrochavam como por encanto.Todos os habitantes do reino também adoravam flores. Eles plantavam flores por toda a parte e o ar do país inteiro era perfumado.O imperador gostava muito de pássaros e outros animais, mas o que ele mais apreciava eram as flores. Todos os dias ele cuidava de seu próprio jardim.Acontece que o imperador estava muito velho e precisava escolher um sucessor.Quem podia herdar seu trono? Como fazer essa escolha?Já que gostava muito de flores, o imperador resolver deixar as flores escolherem.No dia seguinte, ele mandou anunciar que todas as crianças do reino deveriam comparecer ao palácio. Cada uma delas receberia do imperador uma semente especial. – Quem provar que fez o melhor possível dentro de um ano – ele declarou – será meu sucessor.A notícia provocou muita agitação. Crianças do país inteiro dirigiram-se ao palácio para pegar suas sementes de flores.Cada um dos pais queria que seu filho fosse escolhido para ser o imperador, e cada uma das crianças tinha a mesma esperança.Ping recebeu sua semente do imperador e ficou felicíssimo. Tinha certeza de que seria capaz de cultivar a flor mais bonita de todas.Ping encheu o vaso com terra de boa qualidade e plantou a semente com muito cuidado.Todos os dias ele regava o vaso. Mal podia esperar o broto surgir, crescer e depois dar uma linda flor.Os dias se passaram, mas nada crescia no vaso. Ping começou a ficar preocupado. Pôs terra nova e melhor num vaso maior. Depois transplantou a semente para aquela terra escuta e fértil. Esperou mais dois meses e nada aconteceu. Assim se passou o ano inteiro.Chegou a primavera e todas as crianças vestiram suas melhores roupas para irem cumprimentar o imperador. Então correram ao palácio com suas lindas flores, ansiosas por serem escolhidas.Ping estava com vergonha de seu vaso sem flor. Achou que as outras crianças zombariam dele por que pela primeira vez na vida não tinha conseguido cultivar uma flor.Seu amigo apareceu correndo, trazendo uma planta enorme:- Ping, disse ele, você vai mesmo se apresentar ao imperador levando um vaso sem flor? Por que não cultivou uma flor bem grande como a minha?- Eu já cultivei muitas flores melhores do que a sua, disse Ping.- Foi essa semente que não deu nada.O pai de Ping ouviu a conversa e disse:- Você fez o melhor que pôde, e o possível deve ser apresentado ao imperador.Ping dirigiu-se ao palácio levando o vaso sem flor.O imperador estava examinando as flores vagarosamente, uma por uma. Como eram bonitas! Mas o imperador estava muito sério e não dizia uma palavra.Finalmente chegou a vez de Ping. O menino estava envergonhado, esperando um castigo. O imperador perguntou:- Por que você trouxe um vaso sem flor?Ping começou a chorar e respondeu:- Eu plantei a semente que o senhor me deu e a reguei todos os dias, mas ela não brotou. Eu a coloquei num vaso maior com terra melhor, e mesmo assim ela não brotou. Eu cuidei dela o ano todo, mas não deu nada. Por isso hoje eu trouxe um pote vazio. Foi o melhor que eu pude fazer.Quando o imperador ouviu essas palavras, um sorriso foi se abrindo em seu rosto e ele abraçou Ping. Então ele declarou para todos ouvirem:- Encontrei! Encontrei alguém que merece ser imperador!- Não sei onde vocês conseguiram essas sementes, pois as que eu lhes dei estavam todas queimadas. Nenhuma delas poderia ter brotado. Admiro a coragem de Ping, que apareceu diante de mim trazendo a pura verdade. Vou recompensá-lo e torná-lo imperador deste país.
(extraído do livro O Pote Vazio – Demi, Editora Martins Fontes)
Há muito tempo, na China, vivia um menino chamado Ping, que adorava flores. Tudo o que ele plantava florescia maravilhosamente. Flores, arbustos e até imensas árvores frutíferas desabrochavam como por encanto.Todos os habitantes do reino também adoravam flores. Eles plantavam flores por toda a parte e o ar do país inteiro era perfumado.O imperador gostava muito de pássaros e outros animais, mas o que ele mais apreciava eram as flores. Todos os dias ele cuidava de seu próprio jardim.Acontece que o imperador estava muito velho e precisava escolher um sucessor.Quem podia herdar seu trono? Como fazer essa escolha?Já que gostava muito de flores, o imperador resolver deixar as flores escolherem.No dia seguinte, ele mandou anunciar que todas as crianças do reino deveriam comparecer ao palácio. Cada uma delas receberia do imperador uma semente especial. – Quem provar que fez o melhor possível dentro de um ano – ele declarou – será meu sucessor.A notícia provocou muita agitação. Crianças do país inteiro dirigiram-se ao palácio para pegar suas sementes de flores.Cada um dos pais queria que seu filho fosse escolhido para ser o imperador, e cada uma das crianças tinha a mesma esperança.Ping recebeu sua semente do imperador e ficou felicíssimo. Tinha certeza de que seria capaz de cultivar a flor mais bonita de todas.Ping encheu o vaso com terra de boa qualidade e plantou a semente com muito cuidado.Todos os dias ele regava o vaso. Mal podia esperar o broto surgir, crescer e depois dar uma linda flor.Os dias se passaram, mas nada crescia no vaso. Ping começou a ficar preocupado. Pôs terra nova e melhor num vaso maior. Depois transplantou a semente para aquela terra escuta e fértil. Esperou mais dois meses e nada aconteceu. Assim se passou o ano inteiro.Chegou a primavera e todas as crianças vestiram suas melhores roupas para irem cumprimentar o imperador. Então correram ao palácio com suas lindas flores, ansiosas por serem escolhidas.Ping estava com vergonha de seu vaso sem flor. Achou que as outras crianças zombariam dele por que pela primeira vez na vida não tinha conseguido cultivar uma flor.Seu amigo apareceu correndo, trazendo uma planta enorme:- Ping, disse ele, você vai mesmo se apresentar ao imperador levando um vaso sem flor? Por que não cultivou uma flor bem grande como a minha?- Eu já cultivei muitas flores melhores do que a sua, disse Ping.- Foi essa semente que não deu nada.O pai de Ping ouviu a conversa e disse:- Você fez o melhor que pôde, e o possível deve ser apresentado ao imperador.Ping dirigiu-se ao palácio levando o vaso sem flor.O imperador estava examinando as flores vagarosamente, uma por uma. Como eram bonitas! Mas o imperador estava muito sério e não dizia uma palavra.Finalmente chegou a vez de Ping. O menino estava envergonhado, esperando um castigo. O imperador perguntou:- Por que você trouxe um vaso sem flor?Ping começou a chorar e respondeu:- Eu plantei a semente que o senhor me deu e a reguei todos os dias, mas ela não brotou. Eu a coloquei num vaso maior com terra melhor, e mesmo assim ela não brotou. Eu cuidei dela o ano todo, mas não deu nada. Por isso hoje eu trouxe um pote vazio. Foi o melhor que eu pude fazer.Quando o imperador ouviu essas palavras, um sorriso foi se abrindo em seu rosto e ele abraçou Ping. Então ele declarou para todos ouvirem:- Encontrei! Encontrei alguém que merece ser imperador!- Não sei onde vocês conseguiram essas sementes, pois as que eu lhes dei estavam todas queimadas. Nenhuma delas poderia ter brotado. Admiro a coragem de Ping, que apareceu diante de mim trazendo a pura verdade. Vou recompensá-lo e torná-lo imperador deste país.
(extraído do livro O Pote Vazio – Demi, Editora Martins Fontes)
O Alfaiate desatento.
O Alfaiate Desatento
Era uma vez, a menos de mil quilômetros daqui, um alfaiate viúvo que vivia com a filha pequena... Apesar de ser um ótimo artesão, era uma pessoa que não prestava atenção em algumas coisas.
Assim, costumava sair à rua com a mesma roupa velha, todas esfarrapadas, que usava o dia in¬teiro dentro de casa.
As pessoas comentavam: "Um homem que anda tão mal vestido, não pode ser um profissional competente. Esse alfaiate não deve ser bom".
Os comentários se espalhavam, e ninguém mais encomendava roupas para o alfaiate, que foi ficando pobre. Um dia, sua filha disse: "Pai, não temos quase nada para comer. O senhor precisa fazer alguma coisa, senão vamos morrer de fome".
O alfaiate foi até' o sótão da casa, onde fazia muito tempo guardava coisas que considerava sem utilidade. Ao remexer nas pilhas empoeiradas, descobriu que entre elas havia objetos de valor. Ele nem se lembrava mais quando os tinha posto ali, nem por quê. Juntou uma porção desses objetos num carrinho e foi vendê-los no mercado da cidade. Com o dinheiro que recebeu, comprou comidas deliciosas para ele e para sua filha.
No caminho de volta para casa ele viu, pendurado na porta de uma tenda, um tecido magnífico, como nunca ti¬nha visto. Era inteiro bordado com fios de todas as cores do arco-íris, formando várias figuras distintas. Nele também havia padrões ornamentais com fios de ouro e prata entrelaçados que brilhavam à luz do sol. O alfaiate, maravilhado, resolveu comprar aquele tecido com o dinheiro que havia sobrado.
Assim que chegou em casa, esticou o tecido sobre a mesa,
pensou um pouco, e depois cortou e costurou um belíssimo manto que quase arrastava no chão
Quando saiu à rua com aquele manto, as pessoas o rodearam e perguntaram:
- Onde foi que você comprou este manto? No Orien¬te, na ilha de J ava?
- Não - respondeu o alfaiate. - Eu mesmo o fiz.
- Então, nós também queremos um manto lindo como este.
E foram levar tecidos para ele, formando uma fila à porta de sua casa. Eram tantas pessoas, e tantos mantos eles fez, que acabou ficando rico.
Mas ele era uma pessoa que não prestava atenção em algumas coisas. Ele não tirava seu manto: costurava com ele, fazia comida, cuidava do jardim.
Passou-se muito, muito tempo. O manto ficou velho e estragado. As pessoas, vendo-o tão mal vestido na rua, começaram a achar que ele não devia ser um bom profis¬sional. E deixaram de fazer encomendas. E ele ficou pobre outra vez.
Certo dia, não tendo nada para fazer, o alfaiate ficou observando o manto e descobriu que ainda havia um pedaço do tecido que não estava estragado. Pôs o manto sobre a mesa, cortou as partes rasgadas, desmanchou as cos¬turas, pensou um pouco e fez um lindo casaco, com uma gola enorme.
Quando saiu com o casaco, as pessoas queriam saber: - Onde foi que você comprou este casaco? Na Aus¬trália, no pólo norte?
- Não, eu mesmo o fiz.
E foram tantas encomendas de casacos, que o alfaiate ficou rico outra vez.
Mas continuava sendo aquele homem que não prestava atenção em algumas coisas. A qualquer tipo de comemo¬ração - casamento, batizado, enterro, festa de aniversário - lá ia ele com o casaco.
Passou-se muito, muito tempo. E o casaco ficou todo esburacado, cheio de manchas. Ninguém mais fazia en¬comendas. Ele ficou pobre. Percebendo que o casaco ainda tinha um pedaço bom de tecido, o alfaiate o desmanchou e fez um colete tão lindo que todos na rua lhe perguntavam:
- Onde foi que você comprou este colete? No Afe¬ganistão? Na Terra do Fogo?
- Não, eu mesmo o fiz.
E com tantas encomendas de coletes, o alfaiate ficou rico. Mas, não sei se já lhes contei, ele era uma pessoa que não prestava atenção em algumas coisas. Não tirava o colete para nada, nem mesmo para tomar banho.
Passou-se muito, muito tempo. E o colete ficou em petição de miséria. Pobre mais uma vez, o alfaiate aproveitou o pequeno pedaço de tecido do colete que ainda estava per¬feito e sabem o que ele fez? Uma gravata-borboleta. Mas não era uma gravata qualquer. Era tão linda e brilhava tanto, que todos queriam gravatas como aquela.
Depois de muito trabalhar, ele acabou ficando rico. E não deixava de ser aquela pessoa que Não P... A... em A ... Coisas. Nem para dormir ele tirava a gravata.
Passou-se muito, muito tempo. E a gravata ficou torta, ensebada, irreconhecível. O alfaiate ficou pobre ourtra vez, já que ninguém mais lhe fez encomendas.
(Não se preocupem, o conto já está chegando ao fim.)
O alfaiate ainda descobriu na gravata um pedacinho de tecido que podia servir para alguma coisa. E então fez um superutrabelíssimo botão, bem redondo, que costurou na sua roupa velha, no meio do peito. Ninguém notava os farrapos que ele vestia; o botão era tão brilhante e magnífico que todos queriam botões como aquele. E tantos ele fez, que ficou rico.
Mas continuava sendo aquela pessoa que N Prestava A em A C. Por muito, muito tempo. E ele foi pobre.
Desmanchou o botão e ainda sobrou um pedacinho de tecido bem pequenininho, que conservava intactos alguns padrões de fios dourados e prateados, entremeados com to¬das as cores do arco-íris, que brilhavam intensamente.
O que o alfaiate fez com aquele pedaço minúsculo que sobrou do magnífico
tecido?
Pois o contador de histórias que narrou este conto para mim disse que cada um de nós é que tinha que inventar no que o alfaiate transformou aquele paninho precioso, porque esta é uma história que continua com cada um.
Existem muitas formas de contar a história desse alfaiate.
É por causa dele e do seu botão que este conto sempre foi ¬lembrado e continuará sendo contado para sempre, noite e dia, em qualquer lugar do mundo onde haja gente.
Porque sempre vão existir pessoas que não prestam atenção em algumas coisas.
E sempre vão existir coisas que guardam seu brilho num lugar cada vez menor e mais profundo.
Era uma vez, a menos de mil quilômetros daqui, um alfaiate viúvo que vivia com a filha pequena... Apesar de ser um ótimo artesão, era uma pessoa que não prestava atenção em algumas coisas.
Assim, costumava sair à rua com a mesma roupa velha, todas esfarrapadas, que usava o dia in¬teiro dentro de casa.
As pessoas comentavam: "Um homem que anda tão mal vestido, não pode ser um profissional competente. Esse alfaiate não deve ser bom".
Os comentários se espalhavam, e ninguém mais encomendava roupas para o alfaiate, que foi ficando pobre. Um dia, sua filha disse: "Pai, não temos quase nada para comer. O senhor precisa fazer alguma coisa, senão vamos morrer de fome".
O alfaiate foi até' o sótão da casa, onde fazia muito tempo guardava coisas que considerava sem utilidade. Ao remexer nas pilhas empoeiradas, descobriu que entre elas havia objetos de valor. Ele nem se lembrava mais quando os tinha posto ali, nem por quê. Juntou uma porção desses objetos num carrinho e foi vendê-los no mercado da cidade. Com o dinheiro que recebeu, comprou comidas deliciosas para ele e para sua filha.
No caminho de volta para casa ele viu, pendurado na porta de uma tenda, um tecido magnífico, como nunca ti¬nha visto. Era inteiro bordado com fios de todas as cores do arco-íris, formando várias figuras distintas. Nele também havia padrões ornamentais com fios de ouro e prata entrelaçados que brilhavam à luz do sol. O alfaiate, maravilhado, resolveu comprar aquele tecido com o dinheiro que havia sobrado.
Assim que chegou em casa, esticou o tecido sobre a mesa,
pensou um pouco, e depois cortou e costurou um belíssimo manto que quase arrastava no chão
Quando saiu à rua com aquele manto, as pessoas o rodearam e perguntaram:
- Onde foi que você comprou este manto? No Orien¬te, na ilha de J ava?
- Não - respondeu o alfaiate. - Eu mesmo o fiz.
- Então, nós também queremos um manto lindo como este.
E foram levar tecidos para ele, formando uma fila à porta de sua casa. Eram tantas pessoas, e tantos mantos eles fez, que acabou ficando rico.
Mas ele era uma pessoa que não prestava atenção em algumas coisas. Ele não tirava seu manto: costurava com ele, fazia comida, cuidava do jardim.
Passou-se muito, muito tempo. O manto ficou velho e estragado. As pessoas, vendo-o tão mal vestido na rua, começaram a achar que ele não devia ser um bom profis¬sional. E deixaram de fazer encomendas. E ele ficou pobre outra vez.
Certo dia, não tendo nada para fazer, o alfaiate ficou observando o manto e descobriu que ainda havia um pedaço do tecido que não estava estragado. Pôs o manto sobre a mesa, cortou as partes rasgadas, desmanchou as cos¬turas, pensou um pouco e fez um lindo casaco, com uma gola enorme.
Quando saiu com o casaco, as pessoas queriam saber: - Onde foi que você comprou este casaco? Na Aus¬trália, no pólo norte?
- Não, eu mesmo o fiz.
E foram tantas encomendas de casacos, que o alfaiate ficou rico outra vez.
Mas continuava sendo aquele homem que não prestava atenção em algumas coisas. A qualquer tipo de comemo¬ração - casamento, batizado, enterro, festa de aniversário - lá ia ele com o casaco.
Passou-se muito, muito tempo. E o casaco ficou todo esburacado, cheio de manchas. Ninguém mais fazia en¬comendas. Ele ficou pobre. Percebendo que o casaco ainda tinha um pedaço bom de tecido, o alfaiate o desmanchou e fez um colete tão lindo que todos na rua lhe perguntavam:
- Onde foi que você comprou este colete? No Afe¬ganistão? Na Terra do Fogo?
- Não, eu mesmo o fiz.
E com tantas encomendas de coletes, o alfaiate ficou rico. Mas, não sei se já lhes contei, ele era uma pessoa que não prestava atenção em algumas coisas. Não tirava o colete para nada, nem mesmo para tomar banho.
Passou-se muito, muito tempo. E o colete ficou em petição de miséria. Pobre mais uma vez, o alfaiate aproveitou o pequeno pedaço de tecido do colete que ainda estava per¬feito e sabem o que ele fez? Uma gravata-borboleta. Mas não era uma gravata qualquer. Era tão linda e brilhava tanto, que todos queriam gravatas como aquela.
Depois de muito trabalhar, ele acabou ficando rico. E não deixava de ser aquela pessoa que Não P... A... em A ... Coisas. Nem para dormir ele tirava a gravata.
Passou-se muito, muito tempo. E a gravata ficou torta, ensebada, irreconhecível. O alfaiate ficou pobre ourtra vez, já que ninguém mais lhe fez encomendas.
(Não se preocupem, o conto já está chegando ao fim.)
O alfaiate ainda descobriu na gravata um pedacinho de tecido que podia servir para alguma coisa. E então fez um superutrabelíssimo botão, bem redondo, que costurou na sua roupa velha, no meio do peito. Ninguém notava os farrapos que ele vestia; o botão era tão brilhante e magnífico que todos queriam botões como aquele. E tantos ele fez, que ficou rico.
Mas continuava sendo aquela pessoa que N Prestava A em A C. Por muito, muito tempo. E ele foi pobre.
Desmanchou o botão e ainda sobrou um pedacinho de tecido bem pequenininho, que conservava intactos alguns padrões de fios dourados e prateados, entremeados com to¬das as cores do arco-íris, que brilhavam intensamente.
O que o alfaiate fez com aquele pedaço minúsculo que sobrou do magnífico
tecido?
Pois o contador de histórias que narrou este conto para mim disse que cada um de nós é que tinha que inventar no que o alfaiate transformou aquele paninho precioso, porque esta é uma história que continua com cada um.
Existem muitas formas de contar a história desse alfaiate.
É por causa dele e do seu botão que este conto sempre foi ¬lembrado e continuará sendo contado para sempre, noite e dia, em qualquer lugar do mundo onde haja gente.
Porque sempre vão existir pessoas que não prestam atenção em algumas coisas.
E sempre vão existir coisas que guardam seu brilho num lugar cada vez menor e mais profundo.
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