sábado, 19 de janeiro de 2013

"A parte de cada um."

A parte de cada um
(adaptado)

Era uma vez uma floresta bastante diversificada, nela havia muitas espécies de plantas, animais, insetos e também um lago com muitos peixes.
Um dia uma fina fumacinha apareceu na parte alta da floresta, um pouco longe de onde os animais ficavam. Quem viu primeiro foram alguns pássaros e macacos que ficavam no topo da árvore, mas nenhum deles se incomodou.
As raposas continuavam seu treinamento para ficarem mais espertinhas. Os gaviões se preparavam para atacar uma ninhada de coelhos. Os lagartos permaneciam escondidos dos lobos. Os tamanduás observavam a fila de formigas para logo almoçá-las. Os pássaros continuavam empoleirados nos galhos das árvores. Os elefantes faziam passeios circulares com seus bumbuns pra lá e pra cá. Os gorilas faziam malhação para ficarem mais fortes.
Os animais continuavam sua rotina, pensando exclusivamente neles próprios.
O leão se sentia reinando tranquilo até demais. E o pavão, todo pomposo fazia um longo discurso para se tornar líder dos animais. Até a serpente tentava pregar uma nova religião.
Enquanto isto, a fumacinha ia aumentando. No meio da multidão de bichos que estavam ali ouvindo os outros falarem, alguém gritou: “Fumaçaaaaaaa, fumaçaaaaa!!!!”
A girafa falou: “onde há fumaça há fogo”. E começou girar seu pescoço procurando de onde vinha.
Os pássaros, então, começaram a gritar: “fogo, fogo, fogo!!!”. E o fogo foi se alastrando e se transformando num grande incêndio.
Os animais saíram correndo, um pra cada lado. Eles foram até suas casas salvar seus pertences...
O pavão foi o primeiro a sair correndo. A coruja ficou desnorteada voando em círculos. E o pelicano voou e ficou bem no centro do lago para se proteger.
Em meio a esta confusão toda, pássaros de todos os tipos, grandes, pequenos, colorido, de uma cor, todos voavam tentando se afastar do fogo. Com exceção de um único pássaro, que chamaremos de “Pequeno Pássaro”, pois ele era muito pequeno, de cor marrom e um biquinho amarelinho bem pequenininho.
Este Pequeno Pássaro era diferente, especial, e demonstrava isto em suas ações. Ele era cuidadoso e sabia respeitar a natureza. Ele começou chamar a atenção dos outros animais que tentavam fugir...
Ele voava até o lago, enchia o biquinho de água e despejava sobre o fogo. Fazia isto seguidamente. Ninguém sabia, mas estava fazendo isto há bastante tempo, desde que percebeu que havia fogo na floresta.
E os animais começaram falar um monte de coisas:
- Aquele passarinho está louco, louco – falava o maçado dando piruetas.
- Você é muito lerdo – falava a lesma.
- Você não terá forças para continuar – falava o leão.
- Com certeza não terá ânimo para apagar este fogo todo – dizia o bicho preguiça.
- Seu bico é pequeno demais! – exclamava o pelicano.
- Falta-lhe esperteza, acorde, pare já com isto!!! – disse a raposa.
E o passarinho continuava seu trabalho, e falou:
- Será que eu é que não sou esperto? Ou vocês que não estão despertos?
A raposa logo retrucou:
- Eu estou bem desperta!
E o passarinho explicou:
- Desperta não quer dizer só acordada, quer dizer atenta ao que acontece ao seu redor. Quer dizer conhecer antes a si mesma e depois o mundo que a cerca.
Enquanto o passarinho continuava seu trabalho notou que a árvore onde era sua casa começou pegar fogo e foi rápido tentar salvá-la! Mas no caminho viu outra árvore com um ninho de beija-flor, com os filhotes saindo dos ovos. Com o coração dolorido de tanta tristeza, despejou a água no ninho.
Voltou pegar mais água para jogar na sua árvore, mas ela já havia sido queimada. Chorou.
Mas continuou seu trabalho... E pensou que se talvez os outros animais ajudassem pegar água seria mais fácil! Mas cada um só pensava em si e não queria se esforçar...
Eis que o passarinho, entre idas e vindas percebeu um elefante bebendo água no lago tranquilamente, como se nada estivesse acontecendo. Olhou para ele com seriedade e o elefante falou rindo:
- Você acha que com este seu biquinho conseguirá apagar o fogo?hahaha
O Passarinho respondeu que com certeza ele, o elefante, poderia ajudar muito mais com sua tromba.
O elefante nem se mexeu, e continuou rindo do passarinho. Este disse:
- Não sei pra que serve um corpo tão grande e esta tromba... eu posso ser pequeno, mas faço algo muito importante... Eu faço a minha parte! – e continuou - Fazer a sua parte é como fazer algo pelo mundo que te acolheu. É fazer a sua missão.
O elefante estremeceu... pois as palavras do passarinho ecoavam em sua mente... e pensava: a parte de cada um...
E o passarinho continuava em seu trabalho. O calor estava ficando insuportável... Até que ele não aguentando mais caiu!
O elefante, emocionado, pegou água no lago e levou até o passarinho reanimando-o. E voltou pegar mais água para apagar o fogo.
Agora eram dois trabalhando... e no dia seguinte uma forte chuva caiu e conseguiu terminar de apagar o fogo.
A vida estava de volta naquela floresta.

Crianças Índigo

- Quem são as crianças índigo?
As primeiras crianças índigo apareceram na década de 80 e hoje a maioria das crianças que nascem são índigo.
São crianças com habilidades que vão além do mental e do emocional, parecendo agir muitas vezes intuitivamente. Elas têm uma grande habilidade com a tecnologia.
Elas têm um objetivo de vida específico. Acredita-se que estão vindo ao mundo com o objetivo de ajudar a humanidade se desenvolver e termos um mundo melhor. Sua alma é muito antiga e sábia.
Por sua auto-estima e senso de integridade serem muito desenvolvidos, elas processam suas emoções de maneira diferente dos outros. Conseguem captar com muita facilidade todas as reações das pessoas e neutralizar as tentativas de tentar manipulá-los. Conseguem perceber as emoções que as pessoas nem sabem que têm.
Preferem resolver seus problemas e dificuldades sozinhos. Não são conformistas e manipulam para não deixar serem manipulados.
Os índigos têm capacidades inatas de cura e as utilizam mesmo sem ter consciência disso; se aproximando da pessoa que precisa de ajuda.
São afáveis e muitos têm um olhar poderoso. Vivem no presente, são alegres, espirituosas e gostam de fazer as coisas à sua maneira.

- Por que este nome?
Porque, segundo a parapsicóloga Nancy Ann Tappe, a aura destas crianças tem esta cor “índigo”.

- Quais as principais características da criança índigo?
• Se sentem como se fossem nobres.
• Acreditam merecer estar neste mundo.
• Costumam dizer, aos seus pais, quem são.
• Têm dificuldades em lidar com autoridades absolutas (sem explicação).
• Recusam-se desempenhar determinadas tarefas, como esperar em fila.
• Frustram-se com sistemas rígidos, onde não podem usar sua criatividade.
• Não se adaptam a qualquer tipo de convenção, procurando formas mais eficazes de fazer as coisas.
• Têm alguma dificuldade de se relacionar.
• Não respondem a técnicas de disciplina associada à culpa.
• Não têm vergonha ou problemas em expressar suas necessidades.

- Diferentes tipos de crianças índigo.
• Humanistas: gostam de se relacionar com as pessoas. São hiperativos e extremamente sociáveis, conversam com todos, são sempre muito simpáticos e têm opinião própria. Não conseguem brincar com um brinquedo só, precisam ser constantemente lembrado de seus deveres, são distraídos e se esquecem o que estavam fazendo. Gostam de ler. São os médicos, advogados, professores, vendedores, executivos e políticos de amanhã.
• Conceituais: gostam mais de projetos do que de pessoas. São normalmente crianças de porte grande e atlético. Tendem a controlar situações e pessoas, especialmente suas mães se meninos e seus pais se meninas. Têm propensão ao vício. São os engenheiros, arquitetos, designers, astronautas, pilotos e oficias militares do futuro.
• Artísticos: costumam ser mais sensíveis e acanhados em estatura do que os outros tipos. São criativos e gostam de experimentar vários tipos de arte, ás vezes passando de uma para outra rapidamente. São os professores e artistas.
• Interdimensionais: são fisicamente mais desenvolvidos que os outros índigos e já aos dois anos dizem que podem fazer tudo sozinho. Podem ser briguentos pelo tamanho e por não se encaixarem bem na sociedade. Trarão novas filosofias e religiões ao mundo.

- Crianças índigo X TDAH.
Muitas crianças índigo podem ter sido erroneamente diagnosticadas com TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade) e medicadas com Ritalina, isto porque elas têm características comuns, como: dificuldade de manter a atenção, agitação, dificuldade de aceitar regras, etc.
O que não significa que toda criança com TDAH seja uma criança índigo!
A criança com TDAH tem uma disfunção neurológica, que consiste na dificuldade de captação da dopamina, hormônio responsável por focar a atenção. Já a criança índigo tem uma personalidade de um ser inteligente, sábio, criativo e que não aceita de forma alguma ser desrespeitado. Ela sabe o que está fazendo e porque veio. Pode parecer agitada porque vive o presente e acha esta vida muito curta, então quer aproveitar o máximo. E pode se distrair ao ficar pensando coisas de seu mundo, criando, etc.
A criança índigo tem um olhar e uma postura diferente! Mas se ela for tratada desrespeitosamente e de forma negativa, essas características podem se acentuar, ocorrer a baixa auto-estima, problemas na aprendizagem, dificuldade de relacionamento e na adolescência pode até chegar ao vício e roubo.
Toda criança, seja índigo, com TDAH, ou qualquer outra, merece ser respeitada, amada, elogiada. Toda criança deve ser estimulada a dar o melhor de si, a criar, a se relacionar, a ter uma rotina, a respeitar e a amar.

- As crianças índigo e os pais.
Os pais podem ter dificuldade de compreender e lidar com estas crianças, principalmente quanto à obediência, pois elas não aceitam este tipo de autoridade. Ai vão algumas dicas:
• Tratar estas crianças como se fossem adultos, ou seja, com respeito, inteligência e sinceridade.
• É necessário explicar tudo o que se for fazer com ela desde bebê e explicar o “por que” do “não” e do “sim”, não sendo autoritário. Pois elas precisam entender e se sentirem respeitadas.
• Ouvir o que elas têm pra dizer. Dar atenção, carinho e amor. A presença dos pais é extremamente importante.
• Demonstre alegria por ela fazer parte de família.
• Ajude-a encontrar suas próprias soluções quanto à disciplina.
• Dê a possibilidade de escolha.
• Nunca a subestime.
• Como as crianças índigo gostam de ajudar, pode-ser aproveitar isto na forma de falar com ela para que organize suas coisas e faça seus deveres.
• É importante dar oportunidades para ela gastar sua energia com coisas diferentes e exercitar sua criatividade.
• Também é necessário que os pais sejam honestos quanto aos seus sentimentos e fraquezas, pois elas perceberão a sinceridade e os respeitarão.
• Deve ser firme e justo!
• Dar mensagens positivas e não negativas, evitando o sentimento de vergonha e culpa.
• O segredo para se ter uma boa relação é ter: sinceridade, respeito, segurança (com a presença, a rotina e a firmeza com que mantém sua palavra) e muito amor!

- As crianças índigo e a escola.
As crianças são mentalmente mais desenvolvidas e as escolas não têm condições de acompanhá-las nos dias de hoje. Além disso, estas crianças vivem e aprendem usando ao máximo seus sentidos físicos e muitas escolas não estão preparadas para ensinar e estimular através dos sentidos.
As melhores escolas para estas crianças são as que têm uma visão mais humana, onde a pedagogia está voltada ao aluno e não ao conteúdo.
As escolas Montessori (Dra. Maria Montessori, Roma) consideram a criança como um todo respeita sua individualidade e pretende ajudar a criança desenvolver totalmente seu potencial nas mais diversas áreas da vida.
E as escolas Waldorf (Rudolf Steiner, Alemanha) que segue a antroposofia, propõem criar um ser humano livre, independente, criativo, de boa conduta e feliz, educando-as com amor. São boas opções para estas crianças.



Por Ilana Galhardi.
Baseado no livro “Crianças Índigo” de Lee Carrol e Jan Tober