Percebi que sempre busco relações...
Relação é um espaço e tempo que existe no "entre".
Entre uma coisa e outra.
O "entre" pode ser muito amplo...
Mas eu especifico aqui que gosto de relações entre as pessoas, principalmente as crianças, e também com a natureza.
Este "entre" é cheio de sentimento, de emoções e de sensações.
As relações podem ser físicas... um toque, um cheiro, uma canção... um abraço, um beijo, palpitação.
Podem ser sentidas no coração... amor, alegria, perdão... afeto, entusiasmo, respeito, admiração.
É claro que existem as relações que provocam algo negativo, como: raiva, inveja, preconceito, intolerância, rejeição...
O fato é que em uma RELAÇÃO sempre se aprende, se você estiver aberto e ouvir seu coração!
É fácil?! Não.
Mas é saudável, criativo, enriquecedor...
Viver o que há "entre" é realmente viver! Pois não estamos sozinhos no mundo. E para nos reconhecermos precisamos nos relacionar com o outro, só assim saberemos do que gostamos ou não, como reagimos a uma situação, se somos pacientes ou não.
Para mim, esta é uma grande viagem! A viagem pela vida! E como todo viajante busca o conhecimento... Quem se relaciona busca a sabedoria!!!
Contudo, percebi que sempre busco as relações... Não só no âmbito pessoal, como, e talvez propositalmente, no profissional!
Em meu dia a dia me relaciono com meu marido e com meus dois filhos. E aprendo muito com eles. Principalmente, que ainda tenho muito que aprender sobre como me relacionar com cada um em sua individualidade.
Em meu trabalho que eu amo... a Arteterapia. Me relaciono com as crianças. E nem preciso falar o quanto eu aprendo com elas e o quão maravilhoso é esta relação. Apesar de eu ser a terapeuta e ter o objetivo de ajuda-la, encaro tudo como uma relação de troca.
Em Arteterapia, também gostaria de trabalhar com gestante e mãe-bebê. Pois depois de duas gravidezes e dois bebês, me apaixonei por este momento tão especial na vida de uma mulher. E acho que a mulher antes e depois de ter o nenê, precisa ser compreendida e acolhida, assim como o bebê que nasce.
Quando conto histórias, me relaciono com cada ouvinte de uma outra forma. Mas é como se com a história eu respeitasse a história de cada um e tocasse seu coração.
Quando cuido do meu jardim, não estou apenas cumprindo um dever para ter uma casa bonita. Não. Eu me relaciono com toda energia e seres da natureza. Respeito-os e nutro-os com a minha energia, meus pensamentos; além da água, da terra e do sol.
Quando eu pinto meus quadros a relação é diferente. Relaciono-me com a luz das cores, a textura das tintas, o espaço da tela e com o branco da mesma. O branco que desperta o que há de criativo em mim. E coloco na pintura a minha energia, meus pensamentos e sentimentos. E quanto outra pessoa vê a pintura ela sente algo nela. Assim também ocorre um outro tipo de relação, uma relação mais indireta.
Quando se silencio e me recolho, me relaciono comigo mesma. Sentindo e tentando entender o que se passa comigo, como eu sou, do que eu gosto e do que eu não gosto. Muitas vezes é algo confuso ou até dolorido. Mas outras vezes surge uma reflexão como esta que estou escrevendo.
O meu lado artista, criativo, que muitas vezes até me perturba de tanto inquietar minha mente com inúmeros pensamentos, começa agora juntar as coisas e desejar colocar em prática o retratos de algumas relações...
Agora é por a mão na massa, ou melhor, no pincel e na tinta e ver no que vai dar...
Afinal, não consigo ter só um tipo de relação. Meu corpo, minha mente e meu coração me pulsionam a explorar as relações concomitantemente...
Até me sinto meio louca pela inquietação da mente, desejos inúmeros, sentimentos confusos, viver intenso... uma loucura...
sexta-feira, 29 de novembro de 2013
quarta-feira, 14 de agosto de 2013
"Príncipe Adil e os leões."
Havia um rei muito poderoso que se chamava Azad. Ele tinha um único filho, o príncipe Adil, que tinha acabado de completar 18 anos. Logo depois de seu aniversário o rei mandou chamá-lo à sua presença, para que lhe fosse anunciada uma notícia muito importante.
Quando chegou á sala do trono, o grão-vizir lhe disse que sempre havia sido costume na sua família, que o herdeiro do trono, ao fazer dezoito anos, deveria passar por um teste, para provar que poderia ser um bom governante.
O príncipe seguiu seu pai e o grão-vizir até uma cova, que ficava numa rocha distante do palácio. Nele havia uma porta com uma grade. O príncipe olhou através da grade e viu lá dentro, ao fundo, um enorme leão.
Ao vê-lo o animal levantou-se e soltou um rugido de fazer estremecer as paredes. No chão da caverna havia uma quantidade enorme de ossos.
- O que significa isso?- perguntou Adil com muito medo.
-Sua prova é enfrentar esse leão, disse o rei, como todos os seus antepassados fizeram antes de você, para serem dignos de herdar o trono.
O príncipe empalideceu e mal conseguiu falar:
- Enfrentar esse monstro? Como poderei fazer isso? O máximo que consegui até hoje foi matar um antílope não muito grande. Eu tenho certeza que um leão deste tamanho e com toda essa força é um desafio maior que eu, disse o príncipe quase sem voz
- Não se preocupe, disse o grão-vizir. Você não precisa fazer isso agora. Um dia você poderá enfrentá-lo, quando estiver pronto, não há pressa.
Em seguida surgiu um escravo que jogou um naco de carne para o leão, que o devorou imediatamente.
Depois disso Adil já não era mais o mesmo, ainda que seu pai não tocasse no assunto da prova e o tratasse com a consideração de sempre, ele não conseguia parar de pensar no assunto e não tinha mais alegria de viver. Pensava dia e noite na tarefa que tinha que cumprir e achava que tinha que realizá-la o mais rápido possível.
Até que ele não agüentou mais tamanha ansiedade: numa noite, depois de virar e revirar-se na cama, sem conseguir dormir, ele se levantou, vestiu-se , encheu uma bolsa com muitas moedas de ouro e foi até o estábulo. Acordou seu fiel escudeiro e pediu-lhe que selasse o seu melhor cavalo e que avisasse o rei seu pai, que ele havia partido para uma longa viagem.
Depois ele seguiu pela noite enluarada, atrás de uma solução para seu terrível problema. O príncipe nunca havia saído de seu reino e , à medida que se afastava dele, por estradas desconhecidas, foi encontrando lugares que nunca imaginou que existissem.
Ao amanhecer, chegou a uma paisagem muito bela, onde havia um rio e prados verdejantes às suas margens. Enquanto seu cavalo bebia água, o príncipe começou a ouvir um doce som de flautas, que eram tocadas por pastores enquanto cuidavam de seus rebanhos. Adil perguntou a um deles onde poderia passar aquela noite e foi levado ao dono daquelas terras conhecida como a Terra dos tocadores de flautas celestiais.
Harum era seu nome e ele morava numa bela casa muito espaçosa e agradável.
Recebeu o príncipe com grande hospitalidade e foi logo perguntando:
- De onde você vem , meu rapaz?
Adil respondeu com evasivas, dizendo que estava buscando solução para uma questão pessoal e por isso tinha viajado, mas não queria falar no assunto.
Harum disse que ele poderia ficar em sua casa quanto tempo fosse necessário e que ali se sentisse à vontade.
Aquele espaço, a casa, os campos ao redor eram tão agradáveis que o príncipe pensou que poderia passar um bom tempo por ali.
Todos os dias ele passeava pelos arredores descobrindo lugares encantadores e ouvindo o som das flautas dos pastores.
Numa noite quando já havia se recolhido ao seu quarto, o príncipe ouviu rugidos de leões, não longe da casa. Na manhã seguinte, apavorado, perguntou a Harun se por acaso havia algum tipo de leão naquela região.
-Ah sim, respondeu ele calmamente. Este lugar está infestado de leões. Eles saem das suas tocas a noite pra caçar, como você ainda não os tinha notado? Por isso mandei construir esse muro enorme em volta da casa, para proteger a minha família dessas feras. Harun dizia isso dando risadas, como se isso fosse divertido.
Imediatamente, com muito medo o príncipe preparou seu cavalo para partir. Despediu-se de Harun agradecendo e saiu galopando pelo caminho, o mais rápido que podia
Depois de um bom tempo de viagem, chegou a um deserto que não parecia ter fim. Arbustos baixos e secos apareciam de vez em quando, em meio a um vento fustigante que levantava uma poeira insuportável. Adil sabia que precisava logo encontrar água para ele e seu cavalo, pois não sobreviveriam muito tempo àquelas aguras. Ele fez uma prece , pedindo para que pudesse chegar a um oásis.
Como resposta a sua oração, ele viu ao longe no horizonte um acampamento beduíno de tendas negras. Os guerreiros se aproximaram e o saudaram gritando “Asalaamawaliekum”!
Adil foi levado por eles até o sheik, que o recebeu calorosamente, dizendo-lhe que sentia honrado em recebê-lo e que ele poderia ficar ali quanto tempo desejasse.
O chefe guerreiro ofereceu-lhe uma suculenta refeição de carneiro cozido, arroz com especiarias, figos e tâmaras muito doces. Enquanto conversavam o sheik perguntou-lhe qual o motivo de sua viagem.
_Só posso dizer que deixei a minha casa par resolver um problema pessoal, para poder pensar melhor até perceber que está na hora de voltar.
O sheik sorriu e lhe disse olhando-o com seus olhos penetrantes:
- É o tempo que nos dá todas as respostas, se tivermos paciência.
Os dias foram passando e o príncipe estava muito feliz. Achou que poderia ficar ali para sempre.
Um dia, depois de um bom tempo entre os beduínos, o velho sheik lhe falou:
- Meu filho, somos guerreiros e temos que lutar com outras tribos. É preciso ser muito valente para viver entre nós. Gostamos de você e apreciamos a sua companhia. Se quiser permanecer conosco, no entanto gostaríamos de submetê-lo a um teste em que nos mostrasse a sua capacidade guerreira. Está vendo aquelas montanhas no horizonte? Pois lá existem muitos leões. Basta que você mate um deles e traga-nos a sua pele, para que seja imediatamente aceito como um dos nossos.
Adil pôs-se a tremer de pavor e deu uma desculpa ao sheik, falando que tinha que partir com a máxima urgência.
Enquanto abandonava o acampamento, ele disse para si mesmo.
Meu Deus, não consigo entender por que encontro leões em qualquer lugar para onde vou. Pois deixei o palácio do meu pai para evitá-los.
Viajou por muito tempo pela noite cheia de estrelas. De manhã chegou a uma bela região onde as flores cresciam à beira da estrada, por toda a parte.
Ao longe avistou um magnífico palácio, o mais belo que ele já havia visto. Era feito de uma pedra rosada, com colunas de lápis-azúli e balcões de madeira esculpida e pintada de várias cores. Havia fontes nos jardins à sua volta, pássaro de todas as cores, imponentes pavilhões em que se sentia o delicioso perfume de jasmins e rosas.
- Esse lugar parece um paraíso na terra!- disse Adil para si mesmo enquanto se aproximava do palácio.
Chegando aos portões, o príncipe foi conduzido pelos guardas a um suntuoso quarto de hóspedes, onde servos gentis o esperavam com um banho aromático e roupas novas sobre a cama.
Mais tarde foi levado até o Rei, um nobre homem barbudo que perguntou-lhe porque estava viajando.
- Minha situação é muito delicada, tanto que não gostaria de falar dela- respondeu o príncipe um tanto constrangido. Eu deixei meu país com um problema que preciso resolver. Eu entendo disse o rei respeitosamente.
Nesse momento uma porta se abriu e dela surgiu a mais bela jovem que o príncipe já havia visto. Era a princesa Peri Zade, filha do rei, que tinha lindo olhos amendoados e um cabelo negro como a cauda de um pássaro. Adil ficou completamente encantado por ela.
Depois da refeição o rei convidou Adil para percorrer toda extensão do palácio. Tudo naquele lugar era lindo e feito com tanta arte e bom gosto que parecia obra de mãos celestiais.
Admirando aquele esplendor a sua volta o príncipe achou que pudesse viver ali para o resto de sua vida.
Muitos dias se passaram. A princesa Peri Zade dedicava-se a mostrar para Adil os jardins em várias horas diferentes. Um dia ao entardecer ele a ouvia cantar e tocar alaúde quando escutou um som que o deixou paralisado.
- Que ruído foi esse? Ele perguntou interrompendo a música?
_ Foi ali perto daqueles arbustos, parecia um rugido de um leão.
Ela sorriu e lhe disse:
- Ora é só Rustum, nosso guardião, como o chamamos. É nosso animal de estimação. A essa hora ele vigia nossos jardins e a noite ele dorme na porta do meu quarto.
- Desse momento em diante o príncipe não teve mais sossego e no jantar quase não tocou na comida. Quando subiu as escadas, acompanhado pelo Rei, levou um enorme susto com o leão parado à porta do seu quarto.
- Pode-se sentir honrado- disse o rei-, Rustum está tomando conta da de seu quarto. Ele não faz isso com muita gente, pode ficar tranquilo que ele é manso.
- Pois estou com medo dele assim mesmo, respondeu Adil envergonhado.
Entrou no quarto rapidamente e é claro, não conseguiu dormir a noite inteira.
Pela manha começou a pensar em voltar para casa já que havia tantos leões no seu caminho. Seria melhor acabar com esse sofrimento, enfrentar o leão em vez de ficar fugindo a vida toda.
Decidido foi falar com o Rei e lhe disse:
-Peço permissão para voltar e cuidar do meu problema à minha maneira, só assim voltarei a estar em paz comigo mesmo. Tenho agido como covarde, e quero deixar de fazê-lo pela honra de meu pai. Sou filho do rei Azad e fugi do dever que todos os homens da minha família devem realizar.
Agora sinto vergonha e sei que nunca poderei pedir a mão da princesa Peri Zade enquanto não lutar com o leão naquela cova.
- Muito bem falado meu filho, disse o rei. Desde o primeiro momento eu soube quem você era, pois você se parece muito o seu pai quando jovem. Sempre respeitei e admirei o Rei Azad. Vá lute com o leão que eu lhe darei a minha filha em casamento.
O príncipe montou no seu cavalo e galopou de volta para casa pelo mesmo caminho. Quando passou pelo acampamento beduíno o sheik lhe disse:
-Que bom vê-lo príncipe Adil, fui amigo de seu pai quando éramos jovens, eu logo soube quem você era pela enorme semelhança entre vocês. Aliás, e´ muito maior agora do que no dia em que você chegou aqui.
Adil contou o porque estava voltando para casa e o sheik ficou satisfeito.
Logo que chegou na terra dos tocadores de flauta celestiais, encontrou Harum e saudou-o dizendo:
- Quando cheguei aqui pela primeira vez, eu me comportei como um covarde. Agora estou pronto para lutar e fazer o que os meus antepassados fizeram, seja qual for o resultado.
- Muito bem disse o velho homem- Seu pai e eu fomos companheiros quando tínhamos sua idade. Eu sempre soube quem você era e sendo filho dele na hora certa resolveria o seu problema.
Chegando em seu palácio Adil pediu ao seu pai e ao grão vizir que o acompanhasse até a cova do leão, o velho rei o abraçou e o três seguiram para a caverna.
Com uma espada na mão e uma adaga na cintura o príncipe abriu a porta gradeada e entrou, corajosamente. O leão estava lá no fundo e assim que o viu levantou a cabeça e andou na sua direção. Adil foi ao seu encontro e quando tocou na espada para apunhalá-lo ele simplesmente começou a esfregar a cabeça contra o seu joelho, lambendo suas botas.
- O que significa isso? Perguntou Adil
- Como você pode ver ele não faz mal a ninguém- disse o grão vizir. Seu teste era enfrentá-lo sem medo e isso você já fez e agora é digno de ser nosso futuro rei.
Adil mal pode acreditar naquilo, quando voltou ao palácio o leão o seguiu andando ao seu lado.
Todo o reino comemorou a notícia do sucesso do príncipe.
Quando Adil reveleou a seu pai o amor que sentia pela princesa Peri Zade o rei mandou buscá-la.
Depois de um tempo, que pareceu uma eternidade para Adil, a princesa chegou em seu cavalo branco , com uma magnífica comitiva, todos vestidos ricamente para a festa de casamento.
Durante sete dias e sete noites as pessoas comemoraram o casamento de Adil e Peri Zade.
Eles foram muito felizes, Adil tornou-se rei, e no chão do quarto em que costumava estudar ele mandou escrever com letras de ouro: Nunca fuja do leão
Quando chegou á sala do trono, o grão-vizir lhe disse que sempre havia sido costume na sua família, que o herdeiro do trono, ao fazer dezoito anos, deveria passar por um teste, para provar que poderia ser um bom governante.
O príncipe seguiu seu pai e o grão-vizir até uma cova, que ficava numa rocha distante do palácio. Nele havia uma porta com uma grade. O príncipe olhou através da grade e viu lá dentro, ao fundo, um enorme leão.
Ao vê-lo o animal levantou-se e soltou um rugido de fazer estremecer as paredes. No chão da caverna havia uma quantidade enorme de ossos.
- O que significa isso?- perguntou Adil com muito medo.
-Sua prova é enfrentar esse leão, disse o rei, como todos os seus antepassados fizeram antes de você, para serem dignos de herdar o trono.
O príncipe empalideceu e mal conseguiu falar:
- Enfrentar esse monstro? Como poderei fazer isso? O máximo que consegui até hoje foi matar um antílope não muito grande. Eu tenho certeza que um leão deste tamanho e com toda essa força é um desafio maior que eu, disse o príncipe quase sem voz
- Não se preocupe, disse o grão-vizir. Você não precisa fazer isso agora. Um dia você poderá enfrentá-lo, quando estiver pronto, não há pressa.
Em seguida surgiu um escravo que jogou um naco de carne para o leão, que o devorou imediatamente.
Depois disso Adil já não era mais o mesmo, ainda que seu pai não tocasse no assunto da prova e o tratasse com a consideração de sempre, ele não conseguia parar de pensar no assunto e não tinha mais alegria de viver. Pensava dia e noite na tarefa que tinha que cumprir e achava que tinha que realizá-la o mais rápido possível.
Até que ele não agüentou mais tamanha ansiedade: numa noite, depois de virar e revirar-se na cama, sem conseguir dormir, ele se levantou, vestiu-se , encheu uma bolsa com muitas moedas de ouro e foi até o estábulo. Acordou seu fiel escudeiro e pediu-lhe que selasse o seu melhor cavalo e que avisasse o rei seu pai, que ele havia partido para uma longa viagem.
Depois ele seguiu pela noite enluarada, atrás de uma solução para seu terrível problema. O príncipe nunca havia saído de seu reino e , à medida que se afastava dele, por estradas desconhecidas, foi encontrando lugares que nunca imaginou que existissem.
Ao amanhecer, chegou a uma paisagem muito bela, onde havia um rio e prados verdejantes às suas margens. Enquanto seu cavalo bebia água, o príncipe começou a ouvir um doce som de flautas, que eram tocadas por pastores enquanto cuidavam de seus rebanhos. Adil perguntou a um deles onde poderia passar aquela noite e foi levado ao dono daquelas terras conhecida como a Terra dos tocadores de flautas celestiais.
Harum era seu nome e ele morava numa bela casa muito espaçosa e agradável.
Recebeu o príncipe com grande hospitalidade e foi logo perguntando:
- De onde você vem , meu rapaz?
Adil respondeu com evasivas, dizendo que estava buscando solução para uma questão pessoal e por isso tinha viajado, mas não queria falar no assunto.
Harum disse que ele poderia ficar em sua casa quanto tempo fosse necessário e que ali se sentisse à vontade.
Aquele espaço, a casa, os campos ao redor eram tão agradáveis que o príncipe pensou que poderia passar um bom tempo por ali.
Todos os dias ele passeava pelos arredores descobrindo lugares encantadores e ouvindo o som das flautas dos pastores.
Numa noite quando já havia se recolhido ao seu quarto, o príncipe ouviu rugidos de leões, não longe da casa. Na manhã seguinte, apavorado, perguntou a Harun se por acaso havia algum tipo de leão naquela região.
-Ah sim, respondeu ele calmamente. Este lugar está infestado de leões. Eles saem das suas tocas a noite pra caçar, como você ainda não os tinha notado? Por isso mandei construir esse muro enorme em volta da casa, para proteger a minha família dessas feras. Harun dizia isso dando risadas, como se isso fosse divertido.
Imediatamente, com muito medo o príncipe preparou seu cavalo para partir. Despediu-se de Harun agradecendo e saiu galopando pelo caminho, o mais rápido que podia
Depois de um bom tempo de viagem, chegou a um deserto que não parecia ter fim. Arbustos baixos e secos apareciam de vez em quando, em meio a um vento fustigante que levantava uma poeira insuportável. Adil sabia que precisava logo encontrar água para ele e seu cavalo, pois não sobreviveriam muito tempo àquelas aguras. Ele fez uma prece , pedindo para que pudesse chegar a um oásis.
Como resposta a sua oração, ele viu ao longe no horizonte um acampamento beduíno de tendas negras. Os guerreiros se aproximaram e o saudaram gritando “Asalaamawaliekum”!
Adil foi levado por eles até o sheik, que o recebeu calorosamente, dizendo-lhe que sentia honrado em recebê-lo e que ele poderia ficar ali quanto tempo desejasse.
O chefe guerreiro ofereceu-lhe uma suculenta refeição de carneiro cozido, arroz com especiarias, figos e tâmaras muito doces. Enquanto conversavam o sheik perguntou-lhe qual o motivo de sua viagem.
_Só posso dizer que deixei a minha casa par resolver um problema pessoal, para poder pensar melhor até perceber que está na hora de voltar.
O sheik sorriu e lhe disse olhando-o com seus olhos penetrantes:
- É o tempo que nos dá todas as respostas, se tivermos paciência.
Os dias foram passando e o príncipe estava muito feliz. Achou que poderia ficar ali para sempre.
Um dia, depois de um bom tempo entre os beduínos, o velho sheik lhe falou:
- Meu filho, somos guerreiros e temos que lutar com outras tribos. É preciso ser muito valente para viver entre nós. Gostamos de você e apreciamos a sua companhia. Se quiser permanecer conosco, no entanto gostaríamos de submetê-lo a um teste em que nos mostrasse a sua capacidade guerreira. Está vendo aquelas montanhas no horizonte? Pois lá existem muitos leões. Basta que você mate um deles e traga-nos a sua pele, para que seja imediatamente aceito como um dos nossos.
Adil pôs-se a tremer de pavor e deu uma desculpa ao sheik, falando que tinha que partir com a máxima urgência.
Enquanto abandonava o acampamento, ele disse para si mesmo.
Meu Deus, não consigo entender por que encontro leões em qualquer lugar para onde vou. Pois deixei o palácio do meu pai para evitá-los.
Viajou por muito tempo pela noite cheia de estrelas. De manhã chegou a uma bela região onde as flores cresciam à beira da estrada, por toda a parte.
Ao longe avistou um magnífico palácio, o mais belo que ele já havia visto. Era feito de uma pedra rosada, com colunas de lápis-azúli e balcões de madeira esculpida e pintada de várias cores. Havia fontes nos jardins à sua volta, pássaro de todas as cores, imponentes pavilhões em que se sentia o delicioso perfume de jasmins e rosas.
- Esse lugar parece um paraíso na terra!- disse Adil para si mesmo enquanto se aproximava do palácio.
Chegando aos portões, o príncipe foi conduzido pelos guardas a um suntuoso quarto de hóspedes, onde servos gentis o esperavam com um banho aromático e roupas novas sobre a cama.
Mais tarde foi levado até o Rei, um nobre homem barbudo que perguntou-lhe porque estava viajando.
- Minha situação é muito delicada, tanto que não gostaria de falar dela- respondeu o príncipe um tanto constrangido. Eu deixei meu país com um problema que preciso resolver. Eu entendo disse o rei respeitosamente.
Nesse momento uma porta se abriu e dela surgiu a mais bela jovem que o príncipe já havia visto. Era a princesa Peri Zade, filha do rei, que tinha lindo olhos amendoados e um cabelo negro como a cauda de um pássaro. Adil ficou completamente encantado por ela.
Depois da refeição o rei convidou Adil para percorrer toda extensão do palácio. Tudo naquele lugar era lindo e feito com tanta arte e bom gosto que parecia obra de mãos celestiais.
Admirando aquele esplendor a sua volta o príncipe achou que pudesse viver ali para o resto de sua vida.
Muitos dias se passaram. A princesa Peri Zade dedicava-se a mostrar para Adil os jardins em várias horas diferentes. Um dia ao entardecer ele a ouvia cantar e tocar alaúde quando escutou um som que o deixou paralisado.
- Que ruído foi esse? Ele perguntou interrompendo a música?
_ Foi ali perto daqueles arbustos, parecia um rugido de um leão.
Ela sorriu e lhe disse:
- Ora é só Rustum, nosso guardião, como o chamamos. É nosso animal de estimação. A essa hora ele vigia nossos jardins e a noite ele dorme na porta do meu quarto.
- Desse momento em diante o príncipe não teve mais sossego e no jantar quase não tocou na comida. Quando subiu as escadas, acompanhado pelo Rei, levou um enorme susto com o leão parado à porta do seu quarto.
- Pode-se sentir honrado- disse o rei-, Rustum está tomando conta da de seu quarto. Ele não faz isso com muita gente, pode ficar tranquilo que ele é manso.
- Pois estou com medo dele assim mesmo, respondeu Adil envergonhado.
Entrou no quarto rapidamente e é claro, não conseguiu dormir a noite inteira.
Pela manha começou a pensar em voltar para casa já que havia tantos leões no seu caminho. Seria melhor acabar com esse sofrimento, enfrentar o leão em vez de ficar fugindo a vida toda.
Decidido foi falar com o Rei e lhe disse:
-Peço permissão para voltar e cuidar do meu problema à minha maneira, só assim voltarei a estar em paz comigo mesmo. Tenho agido como covarde, e quero deixar de fazê-lo pela honra de meu pai. Sou filho do rei Azad e fugi do dever que todos os homens da minha família devem realizar.
Agora sinto vergonha e sei que nunca poderei pedir a mão da princesa Peri Zade enquanto não lutar com o leão naquela cova.
- Muito bem falado meu filho, disse o rei. Desde o primeiro momento eu soube quem você era, pois você se parece muito o seu pai quando jovem. Sempre respeitei e admirei o Rei Azad. Vá lute com o leão que eu lhe darei a minha filha em casamento.
O príncipe montou no seu cavalo e galopou de volta para casa pelo mesmo caminho. Quando passou pelo acampamento beduíno o sheik lhe disse:
-Que bom vê-lo príncipe Adil, fui amigo de seu pai quando éramos jovens, eu logo soube quem você era pela enorme semelhança entre vocês. Aliás, e´ muito maior agora do que no dia em que você chegou aqui.
Adil contou o porque estava voltando para casa e o sheik ficou satisfeito.
Logo que chegou na terra dos tocadores de flauta celestiais, encontrou Harum e saudou-o dizendo:
- Quando cheguei aqui pela primeira vez, eu me comportei como um covarde. Agora estou pronto para lutar e fazer o que os meus antepassados fizeram, seja qual for o resultado.
- Muito bem disse o velho homem- Seu pai e eu fomos companheiros quando tínhamos sua idade. Eu sempre soube quem você era e sendo filho dele na hora certa resolveria o seu problema.
Chegando em seu palácio Adil pediu ao seu pai e ao grão vizir que o acompanhasse até a cova do leão, o velho rei o abraçou e o três seguiram para a caverna.
Com uma espada na mão e uma adaga na cintura o príncipe abriu a porta gradeada e entrou, corajosamente. O leão estava lá no fundo e assim que o viu levantou a cabeça e andou na sua direção. Adil foi ao seu encontro e quando tocou na espada para apunhalá-lo ele simplesmente começou a esfregar a cabeça contra o seu joelho, lambendo suas botas.
- O que significa isso? Perguntou Adil
- Como você pode ver ele não faz mal a ninguém- disse o grão vizir. Seu teste era enfrentá-lo sem medo e isso você já fez e agora é digno de ser nosso futuro rei.
Adil mal pode acreditar naquilo, quando voltou ao palácio o leão o seguiu andando ao seu lado.
Todo o reino comemorou a notícia do sucesso do príncipe.
Quando Adil reveleou a seu pai o amor que sentia pela princesa Peri Zade o rei mandou buscá-la.
Depois de um tempo, que pareceu uma eternidade para Adil, a princesa chegou em seu cavalo branco , com uma magnífica comitiva, todos vestidos ricamente para a festa de casamento.
Durante sete dias e sete noites as pessoas comemoraram o casamento de Adil e Peri Zade.
Eles foram muito felizes, Adil tornou-se rei, e no chão do quarto em que costumava estudar ele mandou escrever com letras de ouro: Nunca fuja do leão
sábado, 3 de agosto de 2013
Menina autista de 3 anos pinta quadros que valem uma fortuna!
terça-feira, 30 de julho de 2013
Lavanda ou Alfazema.
Quadro de lavanda em tinta acrílica que fiz para minha sala!
A Lavanda ou Alfazema, como é conhecida, tem várias espécies. É usada como ornamento em jardins, pela sua beleza e simplicidade, e na área cosmética, pelo seu perfume e poder relaxante.
Sua função Fitoenergética faz com que atue no 5º chacra: o Laríngeo. "Incentiva a esperar a hora certa para dizer as coisas, economizar com equilíbrio em qualquer aspecto, gera paz interior, completa o "Eu" interior, favorece a lida com muitas coisas ao mesmo tempo sem gerar estresse; ajuda a planejar bem o futuro, criar visão estratégica da vida, ter empreendedorismo, não julgar o próximo, respeitar os limites das outras pessoas." (in Fitoenergética de Bruno Gimenes.
A Lavanda ou Alfazema, como é conhecida, tem várias espécies. É usada como ornamento em jardins, pela sua beleza e simplicidade, e na área cosmética, pelo seu perfume e poder relaxante.
Sua função Fitoenergética faz com que atue no 5º chacra: o Laríngeo. "Incentiva a esperar a hora certa para dizer as coisas, economizar com equilíbrio em qualquer aspecto, gera paz interior, completa o "Eu" interior, favorece a lida com muitas coisas ao mesmo tempo sem gerar estresse; ajuda a planejar bem o futuro, criar visão estratégica da vida, ter empreendedorismo, não julgar o próximo, respeitar os limites das outras pessoas." (in Fitoenergética de Bruno Gimenes.
segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013
Arteterapia para crianças.
A cada ano que passa tudo se transforma, seguindo o curso natural da vida. Assim também acontece com o ser humano e as crianças estão aí para nos mostrar isto, basta comparar as crianças de hoje com as de uma ou duas gerações atrás.
Hoje elas mostram-se mais ativas, questionam mais, têm personalidade bem definida, parecem saber bem o que querem e são mais sensíveis. Por isto os adultos muitas vezes se assustam, acham que tem algo de errado com seus filhos ou alunos.
No entanto, o que falta é ver a criança como um ser único em suas características e completo, com: corpo, mente, sentimento; inserido num ambiente que também influencia sua vida.
A criança precisa ser ouvida com atenção, sentir segurança e afeto. Ela precisa expressar o que sente e o que pensa, expressar também o que seu consciente não revela, devido sua idade. Pois muitas vezes ela não tem estrutura cognitiva nem afetiva para lidar com o que se passa com ela.
É aí que entra a Arteterapia, já que é uma terapia que utiliza o recurso da arte como expressão do que se passa no interior de cada um.
Ao pintar, desenhar, colar, modelar, criar, a criança estará expressando seus sentimentos mais profundos e isto já trará um alívio a ela. Ao observar o resultado e conversar com a terapeuta a criança vai organizando seus pensamentos e sentimentos, tornando-os mais conscientes.
A criança percebe que a sessão de Arteterapia é o espaço dela. Que lá ela será ouvida, poderá se expressar, será respeitada e também aprenderá respeitar os limites, podendo se sentir segura e acolhida. Ela terá um espaço para entrar em contato consigo mesma, se autoconhecer e se aceitar.
A Arteterapia pode ajudar crianças com: dificuldade de aprendizagem, dificuldade de se concentrar, ansiedade, agitação, timidez, baixa autoestima, dificuldade de organização, dificuldade de se relacionar, problemas de comportamento, medos, autocobrança, TDAH. Enfim, qualquer problema de ordem emocional, comportamental ou neurológica.
Ps.: Esta matéria saiu no Mexa-se!
Hoje elas mostram-se mais ativas, questionam mais, têm personalidade bem definida, parecem saber bem o que querem e são mais sensíveis. Por isto os adultos muitas vezes se assustam, acham que tem algo de errado com seus filhos ou alunos.
No entanto, o que falta é ver a criança como um ser único em suas características e completo, com: corpo, mente, sentimento; inserido num ambiente que também influencia sua vida.
A criança precisa ser ouvida com atenção, sentir segurança e afeto. Ela precisa expressar o que sente e o que pensa, expressar também o que seu consciente não revela, devido sua idade. Pois muitas vezes ela não tem estrutura cognitiva nem afetiva para lidar com o que se passa com ela.
É aí que entra a Arteterapia, já que é uma terapia que utiliza o recurso da arte como expressão do que se passa no interior de cada um.
Ao pintar, desenhar, colar, modelar, criar, a criança estará expressando seus sentimentos mais profundos e isto já trará um alívio a ela. Ao observar o resultado e conversar com a terapeuta a criança vai organizando seus pensamentos e sentimentos, tornando-os mais conscientes.
A criança percebe que a sessão de Arteterapia é o espaço dela. Que lá ela será ouvida, poderá se expressar, será respeitada e também aprenderá respeitar os limites, podendo se sentir segura e acolhida. Ela terá um espaço para entrar em contato consigo mesma, se autoconhecer e se aceitar.
A Arteterapia pode ajudar crianças com: dificuldade de aprendizagem, dificuldade de se concentrar, ansiedade, agitação, timidez, baixa autoestima, dificuldade de organização, dificuldade de se relacionar, problemas de comportamento, medos, autocobrança, TDAH. Enfim, qualquer problema de ordem emocional, comportamental ou neurológica.
Ps.: Esta matéria saiu no Mexa-se!
sábado, 9 de fevereiro de 2013
Cherry Plum
CHERRY PLUM - Floral de BACH fortalecemos a serenidade a tranqüilidade e a Paz interior, o contato da Alma com o Corpo Físico, para ele seguir seu caminho e receber toda Luz necessária para o Equilíbrio.
Paz e Harmonia no nosso Trabalho. (in Potal Floral)
O Cherry Plum é indicado para quem tem um medo desesperador, medo de perder o controle, impulsividade repentina, tensão interior e compulsões. Para todo tipo de perda de controle: esfincteres, alimentação, ímperos de raiva, violência, conduta irracional.
O floral traz: autocontrole, coragem, serenidade, calma, clareza, tranquilidade.
Atenção : É importante sempre consultar um Terapeuta Floral, pois ele saberá como combinar as essências melhores para cada caso e pessoa!
sábado, 19 de janeiro de 2013
"A parte de cada um."
A parte de cada um
(adaptado)
Era uma vez uma floresta bastante diversificada, nela havia muitas espécies de plantas, animais, insetos e também um lago com muitos peixes.
Um dia uma fina fumacinha apareceu na parte alta da floresta, um pouco longe de onde os animais ficavam. Quem viu primeiro foram alguns pássaros e macacos que ficavam no topo da árvore, mas nenhum deles se incomodou.
As raposas continuavam seu treinamento para ficarem mais espertinhas. Os gaviões se preparavam para atacar uma ninhada de coelhos. Os lagartos permaneciam escondidos dos lobos. Os tamanduás observavam a fila de formigas para logo almoçá-las. Os pássaros continuavam empoleirados nos galhos das árvores. Os elefantes faziam passeios circulares com seus bumbuns pra lá e pra cá. Os gorilas faziam malhação para ficarem mais fortes.
Os animais continuavam sua rotina, pensando exclusivamente neles próprios.
O leão se sentia reinando tranquilo até demais. E o pavão, todo pomposo fazia um longo discurso para se tornar líder dos animais. Até a serpente tentava pregar uma nova religião.
Enquanto isto, a fumacinha ia aumentando. No meio da multidão de bichos que estavam ali ouvindo os outros falarem, alguém gritou: “Fumaçaaaaaaa, fumaçaaaaa!!!!”
A girafa falou: “onde há fumaça há fogo”. E começou girar seu pescoço procurando de onde vinha.
Os pássaros, então, começaram a gritar: “fogo, fogo, fogo!!!”. E o fogo foi se alastrando e se transformando num grande incêndio.
Os animais saíram correndo, um pra cada lado. Eles foram até suas casas salvar seus pertences...
O pavão foi o primeiro a sair correndo. A coruja ficou desnorteada voando em círculos. E o pelicano voou e ficou bem no centro do lago para se proteger.
Em meio a esta confusão toda, pássaros de todos os tipos, grandes, pequenos, colorido, de uma cor, todos voavam tentando se afastar do fogo. Com exceção de um único pássaro, que chamaremos de “Pequeno Pássaro”, pois ele era muito pequeno, de cor marrom e um biquinho amarelinho bem pequenininho.
Este Pequeno Pássaro era diferente, especial, e demonstrava isto em suas ações. Ele era cuidadoso e sabia respeitar a natureza. Ele começou chamar a atenção dos outros animais que tentavam fugir...
Ele voava até o lago, enchia o biquinho de água e despejava sobre o fogo. Fazia isto seguidamente. Ninguém sabia, mas estava fazendo isto há bastante tempo, desde que percebeu que havia fogo na floresta.
E os animais começaram falar um monte de coisas:
- Aquele passarinho está louco, louco – falava o maçado dando piruetas.
- Você é muito lerdo – falava a lesma.
- Você não terá forças para continuar – falava o leão.
- Com certeza não terá ânimo para apagar este fogo todo – dizia o bicho preguiça.
- Seu bico é pequeno demais! – exclamava o pelicano.
- Falta-lhe esperteza, acorde, pare já com isto!!! – disse a raposa.
E o passarinho continuava seu trabalho, e falou:
- Será que eu é que não sou esperto? Ou vocês que não estão despertos?
A raposa logo retrucou:
- Eu estou bem desperta!
E o passarinho explicou:
- Desperta não quer dizer só acordada, quer dizer atenta ao que acontece ao seu redor. Quer dizer conhecer antes a si mesma e depois o mundo que a cerca.
Enquanto o passarinho continuava seu trabalho notou que a árvore onde era sua casa começou pegar fogo e foi rápido tentar salvá-la! Mas no caminho viu outra árvore com um ninho de beija-flor, com os filhotes saindo dos ovos. Com o coração dolorido de tanta tristeza, despejou a água no ninho.
Voltou pegar mais água para jogar na sua árvore, mas ela já havia sido queimada. Chorou.
Mas continuou seu trabalho... E pensou que se talvez os outros animais ajudassem pegar água seria mais fácil! Mas cada um só pensava em si e não queria se esforçar...
Eis que o passarinho, entre idas e vindas percebeu um elefante bebendo água no lago tranquilamente, como se nada estivesse acontecendo. Olhou para ele com seriedade e o elefante falou rindo:
- Você acha que com este seu biquinho conseguirá apagar o fogo?hahaha
O Passarinho respondeu que com certeza ele, o elefante, poderia ajudar muito mais com sua tromba.
O elefante nem se mexeu, e continuou rindo do passarinho. Este disse:
- Não sei pra que serve um corpo tão grande e esta tromba... eu posso ser pequeno, mas faço algo muito importante... Eu faço a minha parte! – e continuou - Fazer a sua parte é como fazer algo pelo mundo que te acolheu. É fazer a sua missão.
O elefante estremeceu... pois as palavras do passarinho ecoavam em sua mente... e pensava: a parte de cada um...
E o passarinho continuava em seu trabalho. O calor estava ficando insuportável... Até que ele não aguentando mais caiu!
O elefante, emocionado, pegou água no lago e levou até o passarinho reanimando-o. E voltou pegar mais água para apagar o fogo.
Agora eram dois trabalhando... e no dia seguinte uma forte chuva caiu e conseguiu terminar de apagar o fogo.
A vida estava de volta naquela floresta.
(adaptado)
Era uma vez uma floresta bastante diversificada, nela havia muitas espécies de plantas, animais, insetos e também um lago com muitos peixes.
Um dia uma fina fumacinha apareceu na parte alta da floresta, um pouco longe de onde os animais ficavam. Quem viu primeiro foram alguns pássaros e macacos que ficavam no topo da árvore, mas nenhum deles se incomodou.
As raposas continuavam seu treinamento para ficarem mais espertinhas. Os gaviões se preparavam para atacar uma ninhada de coelhos. Os lagartos permaneciam escondidos dos lobos. Os tamanduás observavam a fila de formigas para logo almoçá-las. Os pássaros continuavam empoleirados nos galhos das árvores. Os elefantes faziam passeios circulares com seus bumbuns pra lá e pra cá. Os gorilas faziam malhação para ficarem mais fortes.
Os animais continuavam sua rotina, pensando exclusivamente neles próprios.
O leão se sentia reinando tranquilo até demais. E o pavão, todo pomposo fazia um longo discurso para se tornar líder dos animais. Até a serpente tentava pregar uma nova religião.
Enquanto isto, a fumacinha ia aumentando. No meio da multidão de bichos que estavam ali ouvindo os outros falarem, alguém gritou: “Fumaçaaaaaaa, fumaçaaaaa!!!!”
A girafa falou: “onde há fumaça há fogo”. E começou girar seu pescoço procurando de onde vinha.
Os pássaros, então, começaram a gritar: “fogo, fogo, fogo!!!”. E o fogo foi se alastrando e se transformando num grande incêndio.
Os animais saíram correndo, um pra cada lado. Eles foram até suas casas salvar seus pertences...
O pavão foi o primeiro a sair correndo. A coruja ficou desnorteada voando em círculos. E o pelicano voou e ficou bem no centro do lago para se proteger.
Em meio a esta confusão toda, pássaros de todos os tipos, grandes, pequenos, colorido, de uma cor, todos voavam tentando se afastar do fogo. Com exceção de um único pássaro, que chamaremos de “Pequeno Pássaro”, pois ele era muito pequeno, de cor marrom e um biquinho amarelinho bem pequenininho.
Este Pequeno Pássaro era diferente, especial, e demonstrava isto em suas ações. Ele era cuidadoso e sabia respeitar a natureza. Ele começou chamar a atenção dos outros animais que tentavam fugir...
Ele voava até o lago, enchia o biquinho de água e despejava sobre o fogo. Fazia isto seguidamente. Ninguém sabia, mas estava fazendo isto há bastante tempo, desde que percebeu que havia fogo na floresta.
E os animais começaram falar um monte de coisas:
- Aquele passarinho está louco, louco – falava o maçado dando piruetas.
- Você é muito lerdo – falava a lesma.
- Você não terá forças para continuar – falava o leão.
- Com certeza não terá ânimo para apagar este fogo todo – dizia o bicho preguiça.
- Seu bico é pequeno demais! – exclamava o pelicano.
- Falta-lhe esperteza, acorde, pare já com isto!!! – disse a raposa.
E o passarinho continuava seu trabalho, e falou:
- Será que eu é que não sou esperto? Ou vocês que não estão despertos?
A raposa logo retrucou:
- Eu estou bem desperta!
E o passarinho explicou:
- Desperta não quer dizer só acordada, quer dizer atenta ao que acontece ao seu redor. Quer dizer conhecer antes a si mesma e depois o mundo que a cerca.
Enquanto o passarinho continuava seu trabalho notou que a árvore onde era sua casa começou pegar fogo e foi rápido tentar salvá-la! Mas no caminho viu outra árvore com um ninho de beija-flor, com os filhotes saindo dos ovos. Com o coração dolorido de tanta tristeza, despejou a água no ninho.
Voltou pegar mais água para jogar na sua árvore, mas ela já havia sido queimada. Chorou.
Mas continuou seu trabalho... E pensou que se talvez os outros animais ajudassem pegar água seria mais fácil! Mas cada um só pensava em si e não queria se esforçar...
Eis que o passarinho, entre idas e vindas percebeu um elefante bebendo água no lago tranquilamente, como se nada estivesse acontecendo. Olhou para ele com seriedade e o elefante falou rindo:
- Você acha que com este seu biquinho conseguirá apagar o fogo?hahaha
O Passarinho respondeu que com certeza ele, o elefante, poderia ajudar muito mais com sua tromba.
O elefante nem se mexeu, e continuou rindo do passarinho. Este disse:
- Não sei pra que serve um corpo tão grande e esta tromba... eu posso ser pequeno, mas faço algo muito importante... Eu faço a minha parte! – e continuou - Fazer a sua parte é como fazer algo pelo mundo que te acolheu. É fazer a sua missão.
O elefante estremeceu... pois as palavras do passarinho ecoavam em sua mente... e pensava: a parte de cada um...
E o passarinho continuava em seu trabalho. O calor estava ficando insuportável... Até que ele não aguentando mais caiu!
O elefante, emocionado, pegou água no lago e levou até o passarinho reanimando-o. E voltou pegar mais água para apagar o fogo.
Agora eram dois trabalhando... e no dia seguinte uma forte chuva caiu e conseguiu terminar de apagar o fogo.
A vida estava de volta naquela floresta.
Crianças Índigo
- Quem são as crianças índigo?
As primeiras crianças índigo apareceram na década de 80 e hoje a maioria das crianças que nascem são índigo.
São crianças com habilidades que vão além do mental e do emocional, parecendo agir muitas vezes intuitivamente. Elas têm uma grande habilidade com a tecnologia.
Elas têm um objetivo de vida específico. Acredita-se que estão vindo ao mundo com o objetivo de ajudar a humanidade se desenvolver e termos um mundo melhor. Sua alma é muito antiga e sábia.
Por sua auto-estima e senso de integridade serem muito desenvolvidos, elas processam suas emoções de maneira diferente dos outros. Conseguem captar com muita facilidade todas as reações das pessoas e neutralizar as tentativas de tentar manipulá-los. Conseguem perceber as emoções que as pessoas nem sabem que têm.
Preferem resolver seus problemas e dificuldades sozinhos. Não são conformistas e manipulam para não deixar serem manipulados.
Os índigos têm capacidades inatas de cura e as utilizam mesmo sem ter consciência disso; se aproximando da pessoa que precisa de ajuda.
São afáveis e muitos têm um olhar poderoso. Vivem no presente, são alegres, espirituosas e gostam de fazer as coisas à sua maneira.
- Por que este nome?
Porque, segundo a parapsicóloga Nancy Ann Tappe, a aura destas crianças tem esta cor “índigo”.
- Quais as principais características da criança índigo?
• Se sentem como se fossem nobres.
• Acreditam merecer estar neste mundo.
• Costumam dizer, aos seus pais, quem são.
• Têm dificuldades em lidar com autoridades absolutas (sem explicação).
• Recusam-se desempenhar determinadas tarefas, como esperar em fila.
• Frustram-se com sistemas rígidos, onde não podem usar sua criatividade.
• Não se adaptam a qualquer tipo de convenção, procurando formas mais eficazes de fazer as coisas.
• Têm alguma dificuldade de se relacionar.
• Não respondem a técnicas de disciplina associada à culpa.
• Não têm vergonha ou problemas em expressar suas necessidades.
- Diferentes tipos de crianças índigo.
• Humanistas: gostam de se relacionar com as pessoas. São hiperativos e extremamente sociáveis, conversam com todos, são sempre muito simpáticos e têm opinião própria. Não conseguem brincar com um brinquedo só, precisam ser constantemente lembrado de seus deveres, são distraídos e se esquecem o que estavam fazendo. Gostam de ler. São os médicos, advogados, professores, vendedores, executivos e políticos de amanhã.
• Conceituais: gostam mais de projetos do que de pessoas. São normalmente crianças de porte grande e atlético. Tendem a controlar situações e pessoas, especialmente suas mães se meninos e seus pais se meninas. Têm propensão ao vício. São os engenheiros, arquitetos, designers, astronautas, pilotos e oficias militares do futuro.
• Artísticos: costumam ser mais sensíveis e acanhados em estatura do que os outros tipos. São criativos e gostam de experimentar vários tipos de arte, ás vezes passando de uma para outra rapidamente. São os professores e artistas.
• Interdimensionais: são fisicamente mais desenvolvidos que os outros índigos e já aos dois anos dizem que podem fazer tudo sozinho. Podem ser briguentos pelo tamanho e por não se encaixarem bem na sociedade. Trarão novas filosofias e religiões ao mundo.
- Crianças índigo X TDAH.
Muitas crianças índigo podem ter sido erroneamente diagnosticadas com TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade) e medicadas com Ritalina, isto porque elas têm características comuns, como: dificuldade de manter a atenção, agitação, dificuldade de aceitar regras, etc.
O que não significa que toda criança com TDAH seja uma criança índigo!
A criança com TDAH tem uma disfunção neurológica, que consiste na dificuldade de captação da dopamina, hormônio responsável por focar a atenção. Já a criança índigo tem uma personalidade de um ser inteligente, sábio, criativo e que não aceita de forma alguma ser desrespeitado. Ela sabe o que está fazendo e porque veio. Pode parecer agitada porque vive o presente e acha esta vida muito curta, então quer aproveitar o máximo. E pode se distrair ao ficar pensando coisas de seu mundo, criando, etc.
A criança índigo tem um olhar e uma postura diferente! Mas se ela for tratada desrespeitosamente e de forma negativa, essas características podem se acentuar, ocorrer a baixa auto-estima, problemas na aprendizagem, dificuldade de relacionamento e na adolescência pode até chegar ao vício e roubo.
Toda criança, seja índigo, com TDAH, ou qualquer outra, merece ser respeitada, amada, elogiada. Toda criança deve ser estimulada a dar o melhor de si, a criar, a se relacionar, a ter uma rotina, a respeitar e a amar.
- As crianças índigo e os pais.
Os pais podem ter dificuldade de compreender e lidar com estas crianças, principalmente quanto à obediência, pois elas não aceitam este tipo de autoridade. Ai vão algumas dicas:
• Tratar estas crianças como se fossem adultos, ou seja, com respeito, inteligência e sinceridade.
• É necessário explicar tudo o que se for fazer com ela desde bebê e explicar o “por que” do “não” e do “sim”, não sendo autoritário. Pois elas precisam entender e se sentirem respeitadas.
• Ouvir o que elas têm pra dizer. Dar atenção, carinho e amor. A presença dos pais é extremamente importante.
• Demonstre alegria por ela fazer parte de família.
• Ajude-a encontrar suas próprias soluções quanto à disciplina.
• Dê a possibilidade de escolha.
• Nunca a subestime.
• Como as crianças índigo gostam de ajudar, pode-ser aproveitar isto na forma de falar com ela para que organize suas coisas e faça seus deveres.
• É importante dar oportunidades para ela gastar sua energia com coisas diferentes e exercitar sua criatividade.
• Também é necessário que os pais sejam honestos quanto aos seus sentimentos e fraquezas, pois elas perceberão a sinceridade e os respeitarão.
• Deve ser firme e justo!
• Dar mensagens positivas e não negativas, evitando o sentimento de vergonha e culpa.
• O segredo para se ter uma boa relação é ter: sinceridade, respeito, segurança (com a presença, a rotina e a firmeza com que mantém sua palavra) e muito amor!
- As crianças índigo e a escola.
As crianças são mentalmente mais desenvolvidas e as escolas não têm condições de acompanhá-las nos dias de hoje. Além disso, estas crianças vivem e aprendem usando ao máximo seus sentidos físicos e muitas escolas não estão preparadas para ensinar e estimular através dos sentidos.
As melhores escolas para estas crianças são as que têm uma visão mais humana, onde a pedagogia está voltada ao aluno e não ao conteúdo.
As escolas Montessori (Dra. Maria Montessori, Roma) consideram a criança como um todo respeita sua individualidade e pretende ajudar a criança desenvolver totalmente seu potencial nas mais diversas áreas da vida.
E as escolas Waldorf (Rudolf Steiner, Alemanha) que segue a antroposofia, propõem criar um ser humano livre, independente, criativo, de boa conduta e feliz, educando-as com amor. São boas opções para estas crianças.
Por Ilana Galhardi.
Baseado no livro “Crianças Índigo” de Lee Carrol e Jan Tober
As primeiras crianças índigo apareceram na década de 80 e hoje a maioria das crianças que nascem são índigo.
São crianças com habilidades que vão além do mental e do emocional, parecendo agir muitas vezes intuitivamente. Elas têm uma grande habilidade com a tecnologia.
Elas têm um objetivo de vida específico. Acredita-se que estão vindo ao mundo com o objetivo de ajudar a humanidade se desenvolver e termos um mundo melhor. Sua alma é muito antiga e sábia.
Por sua auto-estima e senso de integridade serem muito desenvolvidos, elas processam suas emoções de maneira diferente dos outros. Conseguem captar com muita facilidade todas as reações das pessoas e neutralizar as tentativas de tentar manipulá-los. Conseguem perceber as emoções que as pessoas nem sabem que têm.
Preferem resolver seus problemas e dificuldades sozinhos. Não são conformistas e manipulam para não deixar serem manipulados.
Os índigos têm capacidades inatas de cura e as utilizam mesmo sem ter consciência disso; se aproximando da pessoa que precisa de ajuda.
São afáveis e muitos têm um olhar poderoso. Vivem no presente, são alegres, espirituosas e gostam de fazer as coisas à sua maneira.
- Por que este nome?
Porque, segundo a parapsicóloga Nancy Ann Tappe, a aura destas crianças tem esta cor “índigo”.
- Quais as principais características da criança índigo?
• Se sentem como se fossem nobres.
• Acreditam merecer estar neste mundo.
• Costumam dizer, aos seus pais, quem são.
• Têm dificuldades em lidar com autoridades absolutas (sem explicação).
• Recusam-se desempenhar determinadas tarefas, como esperar em fila.
• Frustram-se com sistemas rígidos, onde não podem usar sua criatividade.
• Não se adaptam a qualquer tipo de convenção, procurando formas mais eficazes de fazer as coisas.
• Têm alguma dificuldade de se relacionar.
• Não respondem a técnicas de disciplina associada à culpa.
• Não têm vergonha ou problemas em expressar suas necessidades.
- Diferentes tipos de crianças índigo.
• Humanistas: gostam de se relacionar com as pessoas. São hiperativos e extremamente sociáveis, conversam com todos, são sempre muito simpáticos e têm opinião própria. Não conseguem brincar com um brinquedo só, precisam ser constantemente lembrado de seus deveres, são distraídos e se esquecem o que estavam fazendo. Gostam de ler. São os médicos, advogados, professores, vendedores, executivos e políticos de amanhã.
• Conceituais: gostam mais de projetos do que de pessoas. São normalmente crianças de porte grande e atlético. Tendem a controlar situações e pessoas, especialmente suas mães se meninos e seus pais se meninas. Têm propensão ao vício. São os engenheiros, arquitetos, designers, astronautas, pilotos e oficias militares do futuro.
• Artísticos: costumam ser mais sensíveis e acanhados em estatura do que os outros tipos. São criativos e gostam de experimentar vários tipos de arte, ás vezes passando de uma para outra rapidamente. São os professores e artistas.
• Interdimensionais: são fisicamente mais desenvolvidos que os outros índigos e já aos dois anos dizem que podem fazer tudo sozinho. Podem ser briguentos pelo tamanho e por não se encaixarem bem na sociedade. Trarão novas filosofias e religiões ao mundo.
- Crianças índigo X TDAH.
Muitas crianças índigo podem ter sido erroneamente diagnosticadas com TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade) e medicadas com Ritalina, isto porque elas têm características comuns, como: dificuldade de manter a atenção, agitação, dificuldade de aceitar regras, etc.
O que não significa que toda criança com TDAH seja uma criança índigo!
A criança com TDAH tem uma disfunção neurológica, que consiste na dificuldade de captação da dopamina, hormônio responsável por focar a atenção. Já a criança índigo tem uma personalidade de um ser inteligente, sábio, criativo e que não aceita de forma alguma ser desrespeitado. Ela sabe o que está fazendo e porque veio. Pode parecer agitada porque vive o presente e acha esta vida muito curta, então quer aproveitar o máximo. E pode se distrair ao ficar pensando coisas de seu mundo, criando, etc.
A criança índigo tem um olhar e uma postura diferente! Mas se ela for tratada desrespeitosamente e de forma negativa, essas características podem se acentuar, ocorrer a baixa auto-estima, problemas na aprendizagem, dificuldade de relacionamento e na adolescência pode até chegar ao vício e roubo.
Toda criança, seja índigo, com TDAH, ou qualquer outra, merece ser respeitada, amada, elogiada. Toda criança deve ser estimulada a dar o melhor de si, a criar, a se relacionar, a ter uma rotina, a respeitar e a amar.
- As crianças índigo e os pais.
Os pais podem ter dificuldade de compreender e lidar com estas crianças, principalmente quanto à obediência, pois elas não aceitam este tipo de autoridade. Ai vão algumas dicas:
• Tratar estas crianças como se fossem adultos, ou seja, com respeito, inteligência e sinceridade.
• É necessário explicar tudo o que se for fazer com ela desde bebê e explicar o “por que” do “não” e do “sim”, não sendo autoritário. Pois elas precisam entender e se sentirem respeitadas.
• Ouvir o que elas têm pra dizer. Dar atenção, carinho e amor. A presença dos pais é extremamente importante.
• Demonstre alegria por ela fazer parte de família.
• Ajude-a encontrar suas próprias soluções quanto à disciplina.
• Dê a possibilidade de escolha.
• Nunca a subestime.
• Como as crianças índigo gostam de ajudar, pode-ser aproveitar isto na forma de falar com ela para que organize suas coisas e faça seus deveres.
• É importante dar oportunidades para ela gastar sua energia com coisas diferentes e exercitar sua criatividade.
• Também é necessário que os pais sejam honestos quanto aos seus sentimentos e fraquezas, pois elas perceberão a sinceridade e os respeitarão.
• Deve ser firme e justo!
• Dar mensagens positivas e não negativas, evitando o sentimento de vergonha e culpa.
• O segredo para se ter uma boa relação é ter: sinceridade, respeito, segurança (com a presença, a rotina e a firmeza com que mantém sua palavra) e muito amor!
- As crianças índigo e a escola.
As crianças são mentalmente mais desenvolvidas e as escolas não têm condições de acompanhá-las nos dias de hoje. Além disso, estas crianças vivem e aprendem usando ao máximo seus sentidos físicos e muitas escolas não estão preparadas para ensinar e estimular através dos sentidos.
As melhores escolas para estas crianças são as que têm uma visão mais humana, onde a pedagogia está voltada ao aluno e não ao conteúdo.
As escolas Montessori (Dra. Maria Montessori, Roma) consideram a criança como um todo respeita sua individualidade e pretende ajudar a criança desenvolver totalmente seu potencial nas mais diversas áreas da vida.
E as escolas Waldorf (Rudolf Steiner, Alemanha) que segue a antroposofia, propõem criar um ser humano livre, independente, criativo, de boa conduta e feliz, educando-as com amor. São boas opções para estas crianças.
Por Ilana Galhardi.
Baseado no livro “Crianças Índigo” de Lee Carrol e Jan Tober
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