Percebi que sempre busco relações...
Relação é um espaço e tempo que existe no "entre".
Entre uma coisa e outra.
O "entre" pode ser muito amplo...
Mas eu especifico aqui que gosto de relações entre as pessoas, principalmente as crianças, e também com a natureza.
Este "entre" é cheio de sentimento, de emoções e de sensações.
As relações podem ser físicas... um toque, um cheiro, uma canção... um abraço, um beijo, palpitação.
Podem ser sentidas no coração... amor, alegria, perdão... afeto, entusiasmo, respeito, admiração.
É claro que existem as relações que provocam algo negativo, como: raiva, inveja, preconceito, intolerância, rejeição...
O fato é que em uma RELAÇÃO sempre se aprende, se você estiver aberto e ouvir seu coração!
É fácil?! Não.
Mas é saudável, criativo, enriquecedor...
Viver o que há "entre" é realmente viver! Pois não estamos sozinhos no mundo. E para nos reconhecermos precisamos nos relacionar com o outro, só assim saberemos do que gostamos ou não, como reagimos a uma situação, se somos pacientes ou não.
Para mim, esta é uma grande viagem! A viagem pela vida! E como todo viajante busca o conhecimento... Quem se relaciona busca a sabedoria!!!
Contudo, percebi que sempre busco as relações... Não só no âmbito pessoal, como, e talvez propositalmente, no profissional!
Em meu dia a dia me relaciono com meu marido e com meus dois filhos. E aprendo muito com eles. Principalmente, que ainda tenho muito que aprender sobre como me relacionar com cada um em sua individualidade.
Em meu trabalho que eu amo... a Arteterapia. Me relaciono com as crianças. E nem preciso falar o quanto eu aprendo com elas e o quão maravilhoso é esta relação. Apesar de eu ser a terapeuta e ter o objetivo de ajuda-la, encaro tudo como uma relação de troca.
Em Arteterapia, também gostaria de trabalhar com gestante e mãe-bebê. Pois depois de duas gravidezes e dois bebês, me apaixonei por este momento tão especial na vida de uma mulher. E acho que a mulher antes e depois de ter o nenê, precisa ser compreendida e acolhida, assim como o bebê que nasce.
Quando conto histórias, me relaciono com cada ouvinte de uma outra forma. Mas é como se com a história eu respeitasse a história de cada um e tocasse seu coração.
Quando cuido do meu jardim, não estou apenas cumprindo um dever para ter uma casa bonita. Não. Eu me relaciono com toda energia e seres da natureza. Respeito-os e nutro-os com a minha energia, meus pensamentos; além da água, da terra e do sol.
Quando eu pinto meus quadros a relação é diferente. Relaciono-me com a luz das cores, a textura das tintas, o espaço da tela e com o branco da mesma. O branco que desperta o que há de criativo em mim. E coloco na pintura a minha energia, meus pensamentos e sentimentos. E quanto outra pessoa vê a pintura ela sente algo nela. Assim também ocorre um outro tipo de relação, uma relação mais indireta.
Quando se silencio e me recolho, me relaciono comigo mesma. Sentindo e tentando entender o que se passa comigo, como eu sou, do que eu gosto e do que eu não gosto. Muitas vezes é algo confuso ou até dolorido. Mas outras vezes surge uma reflexão como esta que estou escrevendo.
O meu lado artista, criativo, que muitas vezes até me perturba de tanto inquietar minha mente com inúmeros pensamentos, começa agora juntar as coisas e desejar colocar em prática o retratos de algumas relações...
Agora é por a mão na massa, ou melhor, no pincel e na tinta e ver no que vai dar...
Afinal, não consigo ter só um tipo de relação. Meu corpo, minha mente e meu coração me pulsionam a explorar as relações concomitantemente...
Até me sinto meio louca pela inquietação da mente, desejos inúmeros, sentimentos confusos, viver intenso... uma loucura...
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